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O papa Francisco fez nessa terça-feira (8), um apelo ao Equador e aos “povos latino-americanos”, para que evitem “a dolorosa memória de qualquer tipo de repressão, controle desmedido e restrição de liberdades” nas suas normas e leis.
O sumo pontífice falou na Igreja de São Francisco de Quito, durante sua viagem à América Latina, que o levará também à Bolívia e ao Paraguai.
Francisco destacou como o Equador e muitas outras nações da América Latina devem enfrentar novos desafios “que requerem a participação de todos os setores sociais”.
“A migração, a concentração urbana, o consumismo, a crise da família, falta de trabalho, as bolsas de pobreza que geram incerteza”, bem como “tensões que constituem uma ameaça à convivência social”, foram alguns dos exemplos que apontou.
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O papa alertou que “as normas e leis, assim como os projetos da comunidade civil, devem procurar a inclusão, abrir espaços para o diálogo, ao encontro, e assim abandonar a dolorosa memória de qualquer tipo de repressão, controle desmedido e restrição de liberdade”.
Para Francisco, a esperança de um futuro melhor para estes países começa pela criação de emprego e de crescimento econômico, “mas que não fique nas estatísticas macroeconômicas e que [promova] um desenvolvimento sustentável que gere um consenso social, firme e coeso.”
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Perante a audiência, o papa deu o exemplo de alguns países europeus, onde o desemprego juvenil se encontra entre 40 e 50%.
O sumo pontífice citou o fenômeno dos “nem nem”, jovens que nem estudam, nem trabalham e, perante a falta de trabalho, cedem a vícios, à tristeza, à depressão, ao suicídio ou envolvem-se em projetos de “loucura social”.
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