Cotidiano

Papa lamenta mortes de imigrantes africanos em naufrágio na Itália

Em julho, ele havia visitado Lampedusa, quando alertou o mundo para o problema e homenageou os imigrantes africanos ilegais que tentam chegar à Europa

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 04/10/2013 às 13:40

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O papa Francisco disse que “hoje é um dia de lágrimas”, sobre o luto decretado pelas autoridades italianas na sequência da tragédia na Ilha de Lampedusa, na costa da Itália. Muito comovido, o papa denunciou “a indiferença em relação àqueles que fogem da escravatura e da fome para encontrar a liberdade, e encontram a morte, como ontem em Lampedusa”.

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Em julho, ele havia visitado Lampedusa, quando alertou o mundo para o problema e homenageou os imigrantes africanos ilegais que tentam chegar à Europa.

Na quinta-feira (3), mais de 130 pessoas morreram no naufrágio de uma embarcação proveniente da Líbia que transportava imigrantes clandestinos da Somália e da Eritreia. Mais de 150 ainda estão desaparecidas.

Os imigrantes morreram quando o barco em que viajavam naufragou ao tentar chegar a Lampedusa – a 205 quilômetros (km) ao sul da Sicília e a 113 km da costa africana. A ilha é considerada uma porta de entrada para a Europa via Mar Mediterrâneo.

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O papa Francisco lamentou mortes de imigrantes africanos em naufrágio na Itália (Foto: Divulgação)

Francisco deu as declarações em visita a Assis, cidade natal do padroeiro da Itália, São Francisco, e modelo inspirador do papa, no nome escolhido pelo líder da Igreja Católica.

“A Igreja deve despojar-se de toda a mundanidade, que mata a alma e as pessoas e a própria Igreja”, disse Francisco, durante um encontro com pobres na sala do espólio da Diocese de Assis.

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O papa visitou o Santuário de São Damião e garantiu que esta é uma boa ocasião para que a Igreja se despoje da mundanidade “que leva à vaidade, à prepotência, ao orgulho”. Essa é a terceira viagem de Francisco a regiões da Itália. Em setembro, ele também foi a Cagliari, na Sardenha, defendendo sempre os pobres e os marginalizados pela globalização.

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