Cotidiano
A agência foi criada em 2010 para supervisionar e regular as atividades financeiras da Santa Sé e compartilhar informação com outros países para cumprir com as leis contra a lavagem de dinheiro
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O papa Francisco destituiu nesta quinta-feira a junta diretiva da agência financeira do Vaticano, que estava dominada por italianos, e instalou um grupo variado de peritos internacionais, depois de disputas internas entre a junta e o diretor da agência. Os quatro novos membros anunciados nesta quinta-feira são da Itália, Suíça, Cingapura e Estados Unidos.
A junta da Autoridade de Informação Financeira havia se queixado de que não tinha informações sobre as atividades da agência desde que o especialista em lavagem de dinheiro Rene Bruelhart foi nomeado diretor em 2012. As lutas internas levaram à renúncia do presidente, cardeal Attilio Nicora, neste ano.
O Vaticano criou a agência em 2010 para supervisionar e regular as atividades financeiras da Santa Sé e compartilhar informação com outros países para cumprir com as leis internacionais contra a lavagem de dinheiro. Sob a direção de Bruelhart, o Vaticano assinou uma série de acordos de informação financeira com outros países.
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No comunicado divulgado hoje, o Vaticano nomeou Tommaso Di Rizza como diretor-adjunto de Bruelhart. Di Rizza é um respeitado jurista internacional que realizou um papel fundamental em reescrever a lei contra lavagem de dinheiro em 2012, para que a Santa Sé cumprisse as normas internacionais.
Giuseppe Dalla Torre, um dos ex-membros da junta, é também presidente do tribunal do Vaticano, o que cria um potencial conflito de interesses, dado que a agência envia possíveis casos de delitos financeiros aos fiscais do tribunal para mais investigação.
De acordo com os novos estatutos da agência, aprovados em novembro, os membros da junta devem ter experiência profissional reconhecida em assuntos financeiros, legais e econômicos, e estarem livres de conflitos de interesse.
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