Cotidiano

Papa Francisco diz que separação da família às vezes é "moralmente necessária"

Declarou o papa durante a audiência geral das quartas-feiras na praça de São Pedro, no Vaticano. Ele também insistiu na necessidade de proteger as crianças

Publicado em 24/06/2015 às 12:51

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

O papa Francisco considerou hoje (24) que a separação de uma família pode ser "moralmente necessária", como em casos de violência, sem chegar a falar especificamente em divórcio. "Há casos em que a separação é inevitável", declarou o papa durante a audiência geral das quartas-feiras na praça de São Pedro, no Vaticano.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

"Algumas vezes, ela [a separação] pode tornar-se mesmo moralmente necessária, quando se trata de proteger o cônjuge mais frágil ou as crianças das feridas mais graves causadas pela intimidação e pela violência, a humilhação e a exploração", acrescentou Francisco.

O papa insistiu na necessidade de proteger as crianças. "Apesar da nossa sensibilidade aparentemente evoluída e das nossas análises psicológicas elaboradas, pergunto-me se não estamos anestesiados perante as feridas da alma das crianças", questionou.

Como acompanhar a situação de modo a que a criança não se torne refém do pai ou da mãe?", disse o papa (Foto: Gregorio Borgia/Associated Press)

Continua depois da publicidade

"À nossa volta, vemos diversas famílias em situações ditas disfuncionais - não gosto desta palavra - e nos colocamo algumas questões: como ajudar? Como acompanhar a situação de modo a que a criança não se torne refém do pai ou da mãe?", disse o papa.

Estas questões, colocadas durante a última audiência geral antes da pausa de julho, é claramente dirigida aos padres que vão se reunir em outubro, no Vaticano, para o sínodo sobre a família.

Em um documento de trabalho para este sínodo, divulgado ontem (23), o Vaticano reafirmou a indissociabilidade do casamento, ao mesmo tempo que promete facilitar o acesso a procedimentos para anulação do matrimônio e cita a possibilidade de "caminhos de penitência" em condições muito rigorosas, suscetíveis de permitir a comunhão aos divorciados que voltaram a casar.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software