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O papa Francisco criticou neste sábado (8) a destruição de florestas para a produção de soja, prática comum em sua natal Argentina e no Brasil, e pediu que se cuide da natureza em todo o mundo.
Em entrevista à rádio católica Virgen del Carmen, de Santiago del Estero, no norte da Argentina, o pontífice reforçou sua mensagem que o meio ambiente deve prevalecer sobre os ganhos financeiros.
"Dói minha alma quando há desmatamento para plantar a soja. Passarão milhares de anos para recuperar isso. Cuidem da floresta, cuidem da água", disse à rádio, em um programa apresentado por dois sacerdotes.
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A declaração papal se enquadra na primeira encíclica de Francisco, "Laudato si", divulgada em junho. Nela, pediu uma "revolução corajosa" para salvar o planeta do consumismo e um sistema econômico que defenda os mais pobres.
A Argentina é o maior produtor de farelo e óleo de soja do mundo. O cultivo ocupa 60% da terra fértil do país, boa parte sobre áreas dos pampas que foram devastadas para dar lugar às plantações.
O mesmo foi feito em diversas regiões do Cerrado e da Amazônia no Brasil, que é o maior produtor de grãos de soja do mundo. A maior parte da colheita dos dois países é exportada para a China e usada para alimentar animais.
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Desde que se tornou papa, Francisco faz defesa forte do meio ambiente. Em visita à América Latina no início de julho, ele criticou o capitalismo, incluindo a plantação de commodities, e defendeu os direitos dos mais pobres.
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