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O papa Francisco confessou nesta quinta-feira, 6, que pegou a cruz de rosário de seu falecido confessor quando ele estava no caixão. O pontífice, que completa um ano de papado no dia 13 de março, disse que carrega o crucifixo até hoje, em uma pequena bolsa debaixo de sua batina, esperando ter metade da misericórdia do sacerdote. Francisco fez a declaração em uma reunião informal com sacerdotes de Roma, enquanto falava sobre a necessidade de ser compreensivo com os fiéis.
Francisco contou a história de um "grande confessor" de Buenos Aires, que escutava as confissões da maioria de seus sacerdotes, incluindo as do papa João Paulo II, quando visitou a argentina. Quando o sacerdote de Buenos Aires morreu, Francisco foi rezar perante o seu caixão aberto. Disse que viu o rosário que o religioso tinha em suas mãos e imediatamente lhe "despertou o ladrão que todos levamos conosco". "Enquanto organizava as flores, tomei a cruz", contou, lembrando ainda as palavras que mencionou no momento: "me dê a metade de sua misericórdia".
Francisco acrescentou que, quando chegou ao caixão, ficou assombrado porque ninguém havia levado flores. "Esse homem havia perdoado os pecados de todos os sacerdotes de Buenos Aires e não tinha nem uma flor sequer", recordou. Ele disse que foi, então, comprar um ramo de rosas. "Cada vez que algum mau pensamento sobre alguém me assalta, minha mão se dirige para ela (a cruz), sempre", declarou.
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