Cotidiano
Francisco tornou a ajuda aos migrantes e refugiados uma das prioridades de seu pontificado ao denunciar o que ele chama de "globalização da indiferença" sobre as pessoas nessas condições
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O papa Francisco oferecerá uma bênção especial para um grupo de imigrantes e refugiados em Nova York, incluindo alguns sem documentos, durante sua viagem aos Estados Unidos marcada para este mês.
O encontro, agendado para 25 de setembro, terá a presença de cerca de 150 pessoas, a maioria de origem hispânica.
Francisco tornou a ajuda aos migrantes e refugiados uma das prioridades de seu pontificado ao denunciar o que ele chama de "globalização da indiferença" sobre as pessoas nessas condições.
O pontífice participará também de um encontro no Congresso dos EUA no dia 24, no qual deve pedir aos congressistas por melhores políticas para receber os migrantes.
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Entre as pessoas que serão abençoadas pelo papa em uma igreja no Harlem, estão jovens que fugiram da violência na América Central e cruzaram a fronteira dos Estados Unidos sozinhas e refugiados que temem perseguições e procuram asilo.
Yvette Suazo, sua filha Chelsea, 14, e o filho Kingston, 4, migraram de Honduras há dois anos e hoje moram em Manhattan. A vida em Honduras era precária, com sua filha sofrendo risco de ser estuprada a cada vez que saia de casa, contou a mãe, após uma coletiva de imprensa.
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Suazo não possui documentos e, com isso, não pode procurar emprego e depende de sua irmã para viver. "Mas espero que a oportunidade de permanecer aqui legalmente se abra para nós", disse ela.
"Eu parti por causa do crime e porque havia muitas pessoas nas drogas", contou Cristhian Contreras, 16, que tinha 14 quando ele e alguns amigos passaram pela fronteira com os Estados Unidos a pé.
Hoje, Christian, que também se encontrará com o papa, vive no Bronx, frequenta o Ensino Médio e faz parte de um time de futebol com colegas que imigraram. Sua mãe trabalha como empregada doméstica, mas teme a deportação. Ele nunca conheceu seu pai.
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"Sou um dos poucos convidados para estar com o papa. E se eu tiver a chance, vou pedir a ele para rezar por nós e por outros países", disse o garoto.
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