23 de Setembro de 2024 • 02:16
O papa Francisco e líderes de seis religiões do planeta assinaram, nesta terça-feira (2), um acordo contra a escravidão. No documento, os religiosos se comprometem a lutar dentro de suas comunidades pela erradicação, até 2020, do trabalho forçado e do tráfico de pessoas, considerados crimes contra a humanidade. Segundo estimativas, 35 milhões de pessoas ainda são vítimas da escravidão no mundo.
Eliminar o trabalho escravo e o tráfico humano é uma das prioridades do pontificado de Francisco. De acordo com o chefe da Academia Pontifícia de Ciências, o bispo Marcelo Sanchez Sorondo, a preocupação do papa surgiu quando ele ainda era arcebispo em Buenos Aires. "Aqui, ele teve contato com a situação das drogas, dos excluídos, e, naturalmente, a forma mais dramática de exclusão é a escravidão, que é o trabalho forçado e a prostituição", disse Sorondo, em entrevista durante a cerimônia de assinatura do documento.
O acordo foi firmado no Vaticano, onde se reuniram com o papa Francisco representantes budistas, judaicos, anglicanos, ortodoxos, hindus e muçulmanos. A iniciativa é apoiada pelo Global Freedom Network, uma organização que busca o apoio de governantes e instituições financeiras, educacionais e religiosas para a causa.
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