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“Esta tudo como dantes no quartel d’Abrantes”. Essa frase secular até hoje é usada para indicar que nada mudou. Pois ela reflete a situação do Palácio da Polícia de Santos que, desde o ano passado, se mantém envolto por uma tela de proteção para evitar que pedestres que circulam pela calçada do imóvel sejam atingidos por um pedaço de alvenaria que, possivelmente, se desloque do prédio.
A situação já faz parte do cotidiano de quem circula a pé ou de carro pela Avenida São Francisco, no Centro de Santos. As pessoas olham para o prédio e pensam que o edifício está passando por um processo de restauração. Mas, na verdade, a recuperação nunca chega.
Há muito que o Palácio precisa ser restaurado. Ele começou a ser construído por volta de 1944, numa área de quase três mil metros quadrados e oito pavimentos. As fachadas laterais são voltadas para as ruas Itororó e Martim Afonso, enquanto que o seu lado posterior é voltado para a Rua Bittencourt, no sopé do Monte Serrat.
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Em 2004, foi anunciado que o Estado, com apoio do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), estava providenciando levantamentos técnicos e financeiros para a elaboração de uma reforma mais ampla no local, que foi inaugurado em meados dos anos 50.
Ano passado, procurada pela Reportagem, a delegada divisionária do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter 6), Elizabeth Lins, confirmou que as telas e os tapumes foram colocados como medida de segurança, “mas isso não significa que exista risco de queda de alvenaria”, revelava.
Na ocasião, a delegada confirmou que já está em andamento, pelo Governo do Estado, um processo licitatório visando a reforma do edifício, que segundo ela não é tombado. “Já existe o projeto básico da reforma e as medidas de segurança ocorrem enquanto a licitação não se conclui”, finalizou a delegada.
Ontem, o Diário do Litoral buscou respostas do Governo do Estado sobre a situação do Palácio da Polícia. Até as 18 horas, horário limite de fechamento dessa reportagem, nada foi encaminhado à Redação.
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