20 de Setembro de 2024 • 05:41
Novos esforços do presidente dos Estados Unidos (EUA), Barack Obama, de fechar a prisão de suspeitos de terrorismo Guantánamo intensificaram as expectativas de governos estrangeiros de trazer de volta aos seus países prisioneiros de longa data.
O Kuwait contratou lobistas para ajudar a trazer ao país dois prisioneiros. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, pressionou Obama pessoalmente na cúpula do G8, no mês passado, para libertar o último detento do Reino Unido. Além disso, o destino dos afegãos detidos na prisão militar americana tem sido tema primordial de negociações de paz entre os EUA, o Taliban e o Afeganistão.
A administração Obama está no processo de determinar quais os detentos que apresentam o menor risco em relação à prática de atividades terroristas, considerando tanto suas histórias pessoais como também as condições de segurança nos países para os quais retornarão.
Mais de 100 dos detidos participaram de uma greve de fome nesta semana para protestar contra o tempo indeterminado de confinamento. Após a manifestações, várias dezenas de presos foram alimentados à força por um tubo nasal. Segundo a polícia, eles já voltaram a se alimentar normalmente na sexta-feira.
A criação de Guantánamo elevou tensão com alguns aliados importantes dos EUA particularmente no mundo árabe, a terra natal de muitos dos 166 detentos. Tunísia, Egito e Iêmen estão entre os países que também têm pressionado os EUA para que libertem os seus detentos.
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