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Faltam seis dias para o Dia das Crianças, mas a procura por brinquedos começou logo no início da semana. E em se tratando de agradar as crianças, os adultos fazem às vontades e não estão preocupados com os preços.
O marceneiro Luis Carlos Silva Santos saiu de uma grande loja de departamentos, localizada no Centro de Santos, com um “pacotão”. O presente custou caro, mas ele pagou à vista e saiu satisfeito. “Eu comprei um helicóptero que voa para o meu filho. Custou R$ 200. Achei caro, mas é para o meu filho e só pela alegria dele compensa pagar o preço”, afirmou Luis Carlos.
Em época de apelo tecnológico, nem toda menina quer uma boneca de presente. Ontem, a ajudante geral Aline Mendonça da Silva procurava por um laptop para dar de presente à enteada de apenas 5 anos de idade. “Ela não quer boneca, quer um computador. Desses para criança, os preços variam entre R$ 79 e R$ 99. Eu acho que o preço está bom para um computador”, afirmou Aline que pretende gastar até R$ 100 no presente.
A dona de casa Viviane Carvalho carregava quatro pacotes de brinquedos. Ela conseguiu comprar brinquedos para quatro crianças gastando ao todo R$ 100. ”Comprei bonecas para a minha filha e uma sobrinha e carrinhos para dois sobrinhos. Achei o preço bom e preferi pagar à vista”.
As pessoas entrevistadas pelo DL afirmaram que não fizeram pesquisas de preços, ou foram direto a uma loja que costumam comprar brinquedos ou procuraram a loja que tinha o brinquedo escolhido pela criança.
Mas, pesquisa realizada pela equipe do núcleo regional da Fundação Procon-SP, em Santos, encontrou diferenças de até 200,67% nos preços de brinquedos vendidos em estabelecimentos dos municípios de Guarujá, Praia Grande, Santos e São Vicente.
Essa variação foi constatada no brinquedo Barbie Praia Vida de Sereia, da Mattel. Enquanto a Brinquedos & Cia, em Praia Grande, vendia o produto pelo preço de R$ 89,90, na Mão Única, em Santos, o mesmo item era encontrado a R$ 29,90 — diferença de R$ 60. Os demais estabelecimentos visitados vendiam o mesmo produto a R$ 29,99.
O estabelecimento Mão Única, em Santos, foi o que apresentou a maior quantidade de produtos com menor preço (31 itens entre os 57 encontrados). A pesquisa foi realizada de 20 a 22 de setembro e envolveu seis estabelecimentos comerciais, distribuídos por quatro cidades da Baixada Santista. Foram pesquisados 66 itens.
A loja Hi Happy não autorizou a divulgação de preços. O Procon-SP ressalta que a pesquisa de preços é um instrumento eficaz no processo de educação ao consumidor. Quem permite o levantamento garante ao consumidor um dos principais direitos previsto no Código de Defesa do Consumidor, o direito a informação.
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