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Uma reunião, hoje, deve definir o pagamento de 90 ex-funcionários da Schahin Engenharia, que não receberam a indenização após terem os vínculos empregatícios rompidos com a empresa, no último dia 2.
Segundo Marcos Braz de Oliveira, o Macaé, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracomos), representantes da empreiteira e da PDG virão para Santos para definir os pagamentos dos operários.
“O pessoal ainda continua no protesto. Hoje (20) já teve um plantão, mas como tem o feriado, só foi uma parte, não foi todo mundo. Até porque eles estão sem dinheiro, não têm como ficar indo lá toda hora. Na quarta-feira, a PDG e a Schahin vão vir para a reunião. Pelas informações que eu tenho, a PDG que vai assumir o pagamento”, disse o sindicalista.
O grupo Schahin passa por dificuldades financeiras. A ramificação da empresa que cuida de petróleo e gás tem a Petrobras como principal cliente. Na última semana, ela paralisou a operação de sondas para a estatal e deve cerca de 1 bilhão de dólares para os credores. Pela situação enfrentada, a empresa tem demitido funcionários.
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Já a PDG é a incorporadora responsável pela construção de quatro torres de 20 andares erguidas na Rua Silva Jardim, no bairro Vila Nova. A obra foi a última com participação da empreiteira Schahin na Cidade.
O Sintracomos pressionou para que a PDG também se responsabilize pelos operários. Durante três dias da semana passada, os ex-funcionários realizaram manifestações em frente à obra.
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“É aquela velha história. Um empurra para o outro. Depois que nós fomos para frente do prédio e não deixamos o pessoal entrar, aí sim, eles rapidamente resolveram. Até então, ninguém achava a Schahin. Ela sumiu. Fomos até a PDG e falamos que ela também tinha responsabilidade. A PDG encontrou a Schahin e marcaram a reunião”, explicou Macaé.
O presidente do Sintracomos está esperançoso para que a situação tenha um final feliz para os operários. Entretanto, caso as empresas não se comprometam a pagar, ele garante que irá tomar outras providências.
“Caso elas não paguem, vamos tomar conta do prédio, não deixar ninguém trabalhar. Em paralelo, vamos para uma mesa redonda no Ministério do Trabalho e, em seguida, para o Ministério Público”, concluiu o sindicalista.
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