Projeto chegou ao Legislativo em 2015, mas somente ontem foi votado em segunda discussão / Matheus Tagé/DL
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A Cãmara de Santos aprovou ontem, em segunda discussão, o projeto de lei complementar 65/2015, de autoria do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que trata da padronização, execução, reforma, manutenção e conservação das calçadas em Santos.
A proposta se arrasta há dois anos pelo Legislativo. Ele foi aprovado, em primeira discussão, em agosto do ano passado e, desde então, não havia retornado à pauta.A Casa rejeitou duas emendas que haviam sido apresentadas pelo ex-vereador Evaldo Stanislau (sem partido) e que receberam parecer contrário da Comissão de Justição, Redação e Legislação Participativa.
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Assim como na primeira discussão, o projeto esteve em debate entre parlamentares. Era para ele ter sido votado no último dia 8, mas foi adiado por duas sessões à pedido do líder do governo, Ademir Pestana (PSDB), atendendo a um apelo da líder da oposição, Telma de Souza (PT).
A vereadora pediu este tempo para que os parlamentares que entraram nesta legislatura pudessem apreciar a matéria. O secretário-adjunto de Desenvolvimento Urbano, Glaucus Farinello, foi até a Câmara na semana passada para para responder a dúvidas.
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Telma demonstrou preocupação sobre o espaço de conservação de terra para as árvores.
“Na lei de 68, que será derrubada por essa nova lei, era de 60 centímetros, e agora está em aberto. Eu acho que ainda não existe na nossa cidade uma cultura em relação às árvores. O que é um pecado capital numa cidade quente como a nossa. Num acordo informal com os técnicos da Prefeitura, essa vereadora faz a proposição de, na regulamentação, este item esteja devidamente regulamentado. Esta cidade precisa ter oxigênio, precisa ter arborização”, disse a parlamentar.
Ademir Pestana buscou tranquilizar a petista quanto a questão.
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“Existe, sim, uma dimensão. As calçadas serão ecológicas. Tem aquela faixa que vai receber mais água da chuva, mais sol. E diz sim, claramente, é um terço da faixa de serviço. Esse um terço é obrigatório ficar aberto para o plantio das árvores”, esclareceu Pestana.
Ainda sobre o espaço, Bruno Orlandi (PSDB) também destacou que o projeto estabelece um terço para que o espaço restante possa atender a acessibilidade.
“Ele coloca, hoje, garantido 1,20 metro de acessibilidade para garantir a passagem da pessoa, principalmente, com deficiência ou que está passeando com carrinho de bebê. Por isso, faz-se necessário que tenha, no mínino, 1,20 metro”, disse Orlandi
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Emendas
Fabrício Cardoso (PSB) apresentou duas emendas ao projeto. A primeira suprime o artigo o inciso 2 do artigo 36, que permitia que a Prefeitura aplicasse multas diárias para quem descumprisse as disposições previstas na lei até que a situação fosse regularizada.
“A segunda multa, que é a multa de R$ 2 mil, em um mês, essas multiplicações levam a R$ 120 mil. No terceiro mês, a pessoa já perdeu a casa. Isso vai para a dívida ativa. Como a Prefeitura já efetua essa manutenção e cobra a acrescida 20% (art. 43), eu acho que não há necessidade desse item”, explicou Cardoso.
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Já a segunda deixa claro que quem fez a calçada obedecendo este decreto não precisará alterar a calçada.
Mas cria um parágrafo segundo determinando que, se houver reparo a partir de 60% da área, aí sim terá que ser refeita obedecendo à nova lei.
As emendas foram encaminhadas para a Comissão de Justição, Redação e Legislação Participativa dar o parecer.
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