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A retomada do julgamento de Oscar Pistorius pelo assassinato da namorada Reeva Steenkamp, em Pretória, na África do Sul, teve um depoimento que levou o atleta paralímpico a passar mal. Nesta segunda-feira, no sexto dia do julgamento, Pistorius vomitou quando ouviu os detalhes da autópsia da modelo, morta a tiros por ele, especialmente quando foi descrito o estado do crânio da sua namorada.
O testemunho do legista Gert Saayman, responsável pela autópsia, não foi transmitido ao vivo e nem pôde ser relatado no Twitter por jornalistas por causa de seu conteúdo, sob uma ordem do juiz Thokozile Masipa. No entanto, os jornalistas foram autorizados a relatar o depoimento sem citar diretamente a testemunha.
O atleta paralímpico, curvado em um banco, reagiu à descrição dos ferimentos em Reeva com vômitos e ânsia de vômito várias vezes, o que levou Masipa a interromper brevemente o depoimento para pedir que o advogado de defesa, Barry Roux, cuidasse do seu cliente. Roux disse que a reação de Pistorius não ia mudar. Um balde, então, foi colocado aos pés do atleta paralímpico.
Saayman descreveu ferimentos provocados pelas balas que atingiram o corpo de Reeva, no lado direito da cabeça, no braço direito e na região do quadril direito. Ele também explicou os efeitos provocados pelos disparos que passaram por uma porta. Além disso, havia uma ferida em uma das mãos da modelo.
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Também nesta segunda, um segurança que disse ter falado com Pistorius após os disparos em Reeva foi interrogado pela defesa sobre suas lembranças da sequência dos acontecimentos daquela noite. O segurança Pieter Baba garantiu que foi ele quem procurou o atleta paralímpico, que disse que estava "tudo bem" ao telefone. De acordo com o segurança, Pistorius ligou logo depois, não falava e estava chorando.
Baba disse que ligou para Pistorius após relatos de tiros de vizinhos. A sua declaração pode indicar que o assassinato foi premeditado e, em um momento inicial, o atleta paralímpico tentou esconder o que havia feito. Questionado pela defesa, o segurança manteve a sua versão. "Foi eu que liguei primeiro", afirmou.
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Pistorius, o primeiro paratleta a competir na Olimpíada, é acusado de ter premeditado o assassinato de Reeva em 14 de fevereiro de 2013. O sul-africano diz que a morte foi acidental porque ele pensou que se tratava de um ladrão quando atirou através da porta do banheiro da sua residência.