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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) produziu cerca de 1 milhão de barris por dia (bpd) a mais do que a meta da entidade em maio, disseram hoje representantes da instituição. O resultado foi influenciado pela alta na produção no Iraque e Arábia Saudita.
Sozinha, a Arábia Saudita produziu cerca de 10,3 milhões de bpd, cerca de 600 mil barris a mais do que a média observada antes de o país abandonar sua tradicional política de defesa de preço através de cortes de produção. Já o Iraque chegou a 3,8 milhões de bpd no mês, sinalizando um novo recorde de produção.
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No total, as doze países integrantes do cartel produziram 30,98 milhões de bpd em maio, o maior nível desde setembro de 2012 e aumento de 4% ante maio de 2014. Iraque e Arábia Saudita respondem por três quartos desse crescimento.
Nações com histórico de rivalidade, Iraque e Arábia Saudita voltam a disputar o mercado internacional. Recentemente, Bagdá tem feito avanços em mercados asiáticos, enquanto Riad tem recuperado mercado nos Estados Unidos e China.
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Ambos os países também dão sinais de que não irão diminuir a produção, e que suas estratégias não se atém às oscilações de preços da commodity no mercado.
Mesmo se os preços do petróleo caírem a US$ 20,00 por barirl, "não acredito que iremos reduzir nossas exportações", disse Falih Alamri, diretor-geral da Iraqi State Organization for Marketing of Oil. Atualmente, o país exporta 3,2 milhões de bpd, mas quer chegar a 3,3 milhões de bpd no ano que vem, e talvez chegar a 6 milhões de bpd no final da década.
Já a Arábia Saudita também deve elevar sua produção nos próximos meses, por conta do feriado do Ramadã, em julho. O país também coloca em operação mais uma refinaria com capacidade de processar 400 mil barris por dia.
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"Eu acredito que a produção saudita irá exceder 10,5 milhões de bpd nos próximos meses", disse Robin Mills, da consultoria Manaar Energy. "Caso contrário, eles precisarão reduzir exportações."
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