Cotidiano
A porta-voz da ONU, Liz Throssell, afirmou a repórteres que a agência está tentando receber uma aprovação para enviar "vários" agentes com o objetivo de analisar a situação no Egito
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O Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos informou nesta terça-feira que está pressionando as autoridades egípcias a permitirem que observadores entrem no país para monitorar a escalda de violência.
A porta-voz da ONU, Liz Throssell, afirmou a repórteres que a agência está tentando receber uma aprovação para enviar "vários" agentes com o objetivo de analisar a situação no Egito.
"Estamos pedindo para ter oficiais de direitos humanos em território do Egito para que eles possam coletar informações, falar com ONGs, instituições nacionais de diretos humanos, elaborar relatórios", acrescentou a representante.
Na quinta-feira passada, a chefe de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, pediu uma investigação "independente, imparcial e com credibilidade" para a sangrenta repressão feita pelas forças de segurança do Egito, alegando que qualquer um considerado culpado de delitos devem ser responsabilizados.
De acordo com as autoridades egípcias, centenas de pessoas foram mortas nos ataques de quarta-feira contra dois acampamentos de protesto de apoiadores do deposto presidente islâmico Mohammed Morsi. A Irmandade Muçulmana colocou o número de mortos em mais de 2.000.
Throssell disse que o embaixador do Egito na ONU manteve negociações com altos funcionários de direitos humanos em Genebra no dia em que Pillay fez seu apelo. O embaixador teria informado que uma investigação havia sido lançada.
Desde então, a ONU também pediu uma investigação sobre as mortes de dezenas de presos islâmicos sob custódia policial e condenou a emboscada contra dois ônibus da polícia na Península do Sinai do Egito na segunda-feira. O incidente contra os veículos deixou 25 policiais mortos.
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