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O enviado da ONU ao Iêmen alertou hoje que o país está em uma situação muito difícil, e que a possibilidade de uma sucessão política bem sucedida "está entrando em colapso diante de nossos olhos".
Segundo Jamal Benomar, a instabilidade política no país, que está sem presidente desde janeiro, está criando melhores condições para a Al-Qaeda se estabelecer em outras partes do país. Suas observações foram ditas diante do Conselho de Segurança horas após o exército iemenita confirmar que militantes do grupo extremista sunita invadiram e dominaram uma importante base militar no sul do país.
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A situação do Iêmen levou os Estados Unidos, a Inglaterra e a França a fecharem suas embaixadas na capital na quarta-feira, por medo de que os rebeldes xiitas do Houthis, o grupo que forçou a renúncia do presidente, tentassem expandir seu controle.
O Conselho de Segurança trabalha para criar uma resolução sobre o país mais pobre do Oriente Médio nos próximos dias. O Conselho de Coordenação dos Estados Árabes do Golfo Pérsico também emitiu uma resolução condenando o Houthis pela tomada do poder. A entidade pede que os rebeldes "retirem imediatamente suas forças dos prédios governamentais e de todas as regiões sobre seu controle".
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou também para as "tendências sectárias crescentes" no sul do Iêmen, que já foi um país separado, e da possibilidade de uma crise humanitária em uma nação onde 61% das pessoas precisam de ajuda.
"Precisamos fazer todo o possível para ajudar o Iêmen a colocar seu processo político de volta aos trilhos", disse Ban.