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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou hoje (12), por unanimidade, uma resolução para bloquear o financiamento de grupos jihadistas, que obtêm milhões com contrabando de petróleo, tráfico de antiguidades e resgates pagos pela libertação de reféns.
A resolução foi apresentada pela Rússia e tem a chancela de 37 países, dentre os quais os que combatem diretamente o grupo extremista Estado Islâmico na Síria e no Iraque: Síria, Estados Unidos, Reino Unido, França, Iraque, Irã e Jordânia.
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O texto prevê sanções contra quaisquer indivíduos ou entidades que adquiram petróleo ao Estado Islâmico ou outros grupos jihadistas como a Frente Al-Nusra, vinculada à Al-Qaeda.
A resolução também apela aos 193 países-membros da ONU a tomar “passos apropriados” para impedir o comércio de propriedade cultural do Iraque e da Síria, e frisa que os governos de todo o mundo devem “impedir os terroristas de se beneficiarem, direta ou indiretamente, do pagamento de resgates ou de concessões políticas” para garantir a libertação de reféns.
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O projeto inicial, apresentado pela Rússia, centrava-se no contrabando de petróleo, mas negociações posteriores permitiram incluir outras importantes fontes de renda.
Um relatório da equipe da ONU, de monitorização da Al-Qaeda, divulgado em novembro, estimava que os jihadistas obtêm entre US$ 850 mil e US$ 1,65 milhão por dia com a venda ilegal de petróleo a intermediários privados.