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O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou por unanimidade nesta sexta-feira (7) uma resolução para criar um painel de especialistas que deverá investigar e identificar os autores de ataques químicos na guerra civil na Síria.
A decisão abre caminho para o julgamento e a condenação dos responsáveis pelo uso de gás cloro e outras armas químicas, que vêm matando e ferindo um grande número de civis no país desde o início da insurgência contra o ditador Bashar Assad, em 2011.
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A resolução pede que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, trabalhe junto ao chefe da Organização pela Proibição de Armas Químicas (OPCW, na sigla em inglês) a fim de elaborar recomendações em um prazo de 20 dias para a criação do painel de especialistas.
A partir de então, o Conselho de Segurança terá cinco dias para analisar as recomendações e estabelecer o painel de especialistas, que terão o mandato de um ano para suas investigações na Síria.
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A resolução foi aprovada sem questionamentos, dois dias após um acordo entre os EUA e a Rússia, grande aliada do regime de Assad, sobre o uso de armas químicas na Síria.
O país árabe concordou em destruir seu arsenal químico em 2013 a fim de evitar retaliações dos EUA após um ataque com gás sarin que provocou a morte de centenas de civis. Desde então, a OPCW apontou que o gás cloro tem sido usado "sistemática e repetidamente" como arma.
Tanto o governo quanto a oposição na Síria negam usar armas químicas. O Ocidente diz que o regime de Assad é responsável por ataques químicos, enquanto o governo e a Rússia responsabilizam as tropas rebeldes pelo uso de gases tóxicos como armas.
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A guerra civil na Síria, iniciada no contexto do levante popular conhecido como Primavera Árabe, já deixou centenas de milhares de mortos.
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