Cotidiano

ONS diz que não houve apagão e nem falha, mas desligamento preventivo

Segundo o diretor-geral, Hermes Chipp, foi possível identificar a necessidade de ajustes no sistema que desliga as usinas em caso de alterações na frequência de energia elétrica

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 20/01/2015 às 22:16

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A interrupção fornecimento de energia ocorrida na segunda-feira (19) em parte das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste não foi um apagão e nem uma falha, disse hoje (20) o diretor-geral do Operador Nacional do sistema (ONS), Hermes Chipp. Técnicos do ONS, do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Energia Elétrica, da Eletronuclear e de empresas do setor elétrico se reuniram hoje na sede do operador para analisar as circunstâncias que levaram ao corte de parte do fornecimento.

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"Não foi apagão, foi um corte preventivo de carga feito pelo operador para evitar um desligamento de maiores proporções", disse Chipp, depois de participar da reunião com todos os órgãos e também de uma segunda, apenas com técnicos do ONS.

Segundo o diretor, foi possível identificar nas reuniões a necessidade de ajustes no sistema que desliga as usinas em caso de alterações na frequência de energia elétrica. Participaram do encontro Eletronuclear, Cemig, Copel, Duke Energy, Tractebel Energia e representantes das usinas térmicas de Viana e Linhares. Chipp afirmou que parte dos reajustes que eram necessários já foi colocada em prática de de segunda para ontem, mas outros casos vão requerer mais tempo, como a usina Angra 1.

Hermes Chipp afirmou que não houve apagão e nem falha (Foto: Agência Brasil)

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Por ser uma usina nuclear, Angra 1 tem um sistema diferente de desligamento. "A Eletronuclear vai levar essa análise para o seu fabricante para ver se pode fazer esse ajuste. Para que, se se repetir um evento dessa natureza, não se desligue".

O diretor do ONS disse acreditar que os ajustes detectados após o ocorrido vão prevenir desligamentos dessa natureza. Chipp explicou que o corte foi necessário para normalizar a frequência e não teria ocorrido se usinas geradoras de energia tivessem sido desligadas automaticamente por esse desvio, o que retirou 2,2 mil MW de capacidade do sistema. "Seria administrável se não fosse a perda de 2 mil megawatts de operação".

Chipp defendeu que o sistema elétrico brasileiro está preparado para atender ao nível de consumo atual e disse que as regiões Norte e Nordeste têm sobras de potência que são guardadas para garantir a segurança da operação em todo o país.

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