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Os ônibus que circulam pelo Sistema Anchieta-Imigrantes na direção do Litoral terão permissão para trafegar pela faixa da esquerda na pista sul da Via Anchieta. A nova regulamentação, específica para o trecho do km 40 ao km 55 da rodovia, foi desenvolvida pela Ecovias, Artesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo) e Polícia Militar Rodoviária e já deve estar em operação a partir do dia 10 de outubro.
A portaria vai prever também que das 18h às 20h os caminhões sejam proibidos de realizar ultrapassagens no trecho. O objetivo das medidas é agilizar as viagens, especialmente nos horários de pico, quando cerca de 250 ônibus fazem o trajeto da capital para as cidades da Baixada Santista.
As novas regras serão comunicadas aos usuários por meio de faixas, folhetos e 32 placas de regulamentação que serão instaladas na via. Para que os motoristas se habituem à medida, haverá também um período educativo de 15 dias, no qual toda a sinalização já estará preparada, mas não haverá aplicação de multa.
As informações foram passadas hoje, dia 24 de setembro, na terceira reunião realizada entre Artesp, Ecovias, Polícia Militar Rodoviária e as associações que representam os usuários de fretado do Sistema Anchieta-Imigrantes.
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Participou também da reunião o professor da USP de São Carlos Dr. Antonio Carlos Canale, coordenador responsável pelos estudos realizados de 2003 a 2005 e atualizados em 2012 sobre os riscos da descida de veículos pesados pela Rodovia dos Imigrantes. Além de explicar detalhes sobre os ensaios realizados, o professor esclareceu dúvidas dos representantes das associações e reproduziu o ambiente virtual de simulação usado para os testes.
De acordo com o professor, considerando as características de declividade, geometria e distância percorrida, a descida de ônibus pela Imigrantes continua sendo insegura. Ao contrário da Via Anchieta, que tem geometria em curvas, a Imigrantes é uma rodovia que favorece a aceleração involuntária desse tipo de veículo. Além disso, os longos túneis reduzem a dissipação do calor, o que aumenta os riscos em casos de acidentes.
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“O ônibus é um veículo que tem alta capacidade de geração de energia e de produção de fumaça. No caso de uma descida na extensão e nas características da Imigrantes, o freio pode chegar a uma temperatura de mais de 350 oC, o que, em um acidente, pode provocar um incêndio de grandes proporções num ambiente confinado, onde a dispersão de calor e fumaça é mais difícil”, explicou o professor.
O grupo comprometeu-se a realizar uma nova reunião no final de novembro para avaliar a eficácia das medidas e, possivelmente, discutir melhorias que possam ser implementadas para o tráfego de ônibus no Sistema Anchieta-Imigrantes.
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