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O transporte público de Cubatão volta ao normal nesta terça-feira. Após atraso nos vencimentos referentes a outubro, a categoria resolveu cruzar os braços ontem. Na tarde desta segunda, a Trans Líder, permissionária do serviço na Cidade, efetuou os pagamentos.
A paralisação que afetou cerca de 22 mil passageiros começou às 4h30 e envolveu 181 motoristas, 135 cobradores, monitoras escolares, empregados administrativos e de oficinas, totalizando 400 pessoas. Além dos 64 ônibus convencionais de transporte coletivo, ficaram parados, durante todo o dia, os 46 micro-ônibus que transportam 2.600 estudantes da rede municipal.
Na última semana de outubro, os rodoviários da Trans Líder iriam entrar em greve por causa de atraso do adiantamento salarial. O pagamento era para ter sido depositado no dia 20, mas só ocorreu no dia 27. A categoria também ameaçou parar no dia 30, o que não aconteceu porque a empresa regularizou parcialmente o pagamento do plano de saúde odontológico, que estava para ser suspenso em 1º de novembro. “Lamentavelmente, os problemas se resolvem apenas com ameaça de greve ou sua decretação”, pondera o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Santos e Região, José Alberto Torres Simões, o ‘Betinho’.
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O secretário-geral Eronaldo José de Oliveira ‘Ferrugem’ explica que o sindicato respeita as determinações da Lei de Greve (8.666/1993) e que a empresa foi oficialmente avisada sobre essa possível paralisação desde o final do mês passado.
Prefeitura
Segundo a Prefeitura, ontem, os usuários do transporte contaram com uma operação de emergência organizada pela Companhia Municipal de Trânsito (CMT) com o transporte alternativo, que conta com 56 veículos. “Os percursos foram ampliados para atender as linhas do transporte coletivo, atingindo todas as localidades do Município. Com isso, os bairros do Vale Verde, Mantiqueira, Água Fria e Pilões, que atualmente contam apenas com as linhas dos coletivos, também foram atendidos pelo transporte alternativo”.
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A Administração Municipal afirma ainda que foi surpreendida pela greve da categoria, já que “não foi notificada antecipadamente sobre a paralisação dos ônibus, ficando impossibilitada de informar a população sobre a interrupção do serviço”.
O pagamento do subsídio à empresa refere-se a R$ 0,50 sobre cada passagem cobrada pela concessionária, cujo valor atualmente é de R$ 3,20. Os repasses estão acontecendo normalmente, com reprogramações necessárias por conta da queda de arrecadação provocada pela crise da economia que atinge os municípios brasileiros.