Cotidiano

Ônibus levam 14 milhões de usuários a mais no primeiro trimestre em São Paulo

Foram transportados 702,6 milhões de usuários nos três meses iniciais deste ano, contra 688,3 milhões no mesmo período do ano passado

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 14/04/2014 às 21:04

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O serviço de ônibus de São Paulo ganhou 14 milhões de passageiros no primeiro trimestre deste ano, segundo dados da São Paulo Transporte (SPTrans). Trata-se de um acréscimo de 2,7% de pessoas ao registrado de janeiro a março de 2013. Foram transportados 702,6 milhões de usuários nos três meses iniciais deste ano, contra 688,3 milhões no mesmo período do ano passado.

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A SPTrans credita esse aumento ao "conjunto de medidas" tomadas pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), para privilegiar o transporte público. Especialistas, no entanto, consideram o aumento ainda pequeno e creem que outros fatores, como o seccionamento de linhas, podem ter provocado a variação.

Entre as ações destacadas pela SPTrans estão a implantação das faixas exclusivas para os ônibus - 324,4 km até esta segunda-feira, 14, mais do que o dobro prometido por Haddad para todo o seu mandato. Em um estudo divulgado em dezembro, a Prefeitura informou que as faixas diminuíram, em média, em 38 minutos os deslocamentos.

Em janeiro, o Estado já havia revelado que, em 2013, 6 milhões de usuários a mais circularam na rede de ônibus da SPTrans do que no ano anterior, atingindo 2,923 bilhões de pessoas transportadas. O crescimento maior foi verificado nos últimos três meses do ano.

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Trata-se de um acréscimo de 2,7% de pessoas ao registrado de janeiro a março de 2013 (Foto: Divulgação)

Por sua vez, o Metrô registrou, em 2013, queda na média de passageiros transportados nos dias úteis. Embora a redução seja pequena, de 3,750 milhões para 3,743 milhões por dia, é a primeira vez que isso ocorre desde 2004.

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A passageira Ivani de Souza diz que ultimamente prefere pegar ônibus a metrô. "Tenho notado que aumentou o número de passageiros, mas metrô é muito mais lotado", afirma. O analista Rodrigo Silva, de 23 anos, concorda que os coletivos estão mais cheios, mas mais rápidos. "Embora o conforto continue a desejar "

O urbanista e consultor de Transportes Flamínio Fichmann discorda dessa avaliação. Para ele, o seccionamento de muitas linhas pela SPTrans no ano passado forçou grande número de passageiros a pegar mais ônibus para vencer os mesmos percursos. Mas para Alexandre Winkel, consultor de Trânsito e Transportes, há um número de pessoas já migrando para o ônibus. "O congestionamento está insuportável e causa uma mudança direta do usuário. A faixa trouxe um benefício direto aos usuários. Apesar disso, acho que o número de pessoas migrando poderia ter sido maior."

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