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Estofados saindo, cintos de segurança quebrados e espalhados pelo ônibus e ferrugem por todo o lado. Estes foram apenas alguns dos problemas encontrados pela Reportagem do Diário do Litoral no transporte público de Peruíbe.
Alertada pela reclamação de um morador, a Reportagem foi até a cidade na última semana e utilizou um dos ônibus que faz a linha Estação/Bananal. As condições são precárias e estão visíveis para quem quiser ver. O ônibus estava cheio. “Está sempre assim. Os ônibus são bem velhos, tem muita coisa enferrujada”, conta a dona de casa Joana Santos, se apertando em um dos assentos com a neta no colo.
E se as condições físicas do ônibus são precárias, imagina as condições estruturais? Nem pensar em ar condicionado ou acessibilidade. “Era só o que eu queria agora. Não me importo se o ônibus está velho, queria mesmo era um ônibus com ar condicionado”, brinca o pedreiro Benedito José da Silva com a própria agonia em meio ao calor de quase 40 graus da última terça-feira, dia 13.
Nos pontos de ônibus espalhados pela Avenida Padre Anchieta, no bairro Stella Maris, muita gente esperava pela linha desejada. “O pessoal utiliza mais micro-ônibus, justamente porque os ônibus estão muito velhos. Mas demora muito. No final de ano, tinha gente esperando mais de uma hora no ponto”, conta a comerciante Helena Moura, que trabalha ao lado de um dos pontos. “Quando era a Intersul era um pouco melhor, agora que mudou de empresa está demorando mais”, completa.
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A Transportadora Turística Estrela Maior é a responsável pelo transporte público de Peruíbe, atuando em contrato emergencial desde que a prefeita Ana Preto reincidiu com a empresa Intersul, em julho do ano passado. O contrato tem validade de 180 dias – que vence neste mês - ou até que a nova licitação para o transporte coletivo municipal seja concluída. O contrato emergencial prevê ainda a disponibilidade de 18 ônibus circulares e dois rodoviários.
Questionada pela Reportagem, a Prefeitura informou que a idade média da frota é de cinco anos e seis meses. A Administração Municipal garante ainda que “se algum veículo apresentar problemas de estrutura, a empresa receberá notificação” e que a Estrela Maior é responsável pela manutenção dos veículos.
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A Prefeitura afirma ainda que, como a empresa está operando em contrato emergencial, “não há um prazo definido para a renovação desses veículos. Mas é importante ressaltar que em setembro do ano passado, a cidade recebeu oito micro-ônibus novos para compor o transporte municipal”. Atualmente, a frota municipal conta com 22 veículos.
O Executivo conta com agentes de fiscalização da Secretaria de Trânsito para fiscalizar o transporte público da Cidade. “A Ouvidoria da Prefeitura também cuida dos pedidos e solicitações dos moradores. Após feitas as reclamações, estas são repassadas aos órgãos competentes. As reclamações recorrentes são sobre atrasos de horários em uma linha específica - quando acontece, a empresa é notificada”, explica através de nota encaminhada ao DL.
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