Cotidiano

ONGs querem participar de proposta para Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

As 17 metas negociadas entre os 193 países membros vão substituir Objetivos do Milênio, conjunto de metas acertadas no ano 2000 para serem cumpridas até 2015

Publicado em 10/06/2015 às 15:39

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As organizações não governamentais (ONGs) brasileiras reivindicam participação efetiva na proposta do país para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas (ONU). As 17 metas negociadas entre os 193 países membros vão substituir Objetivos do Milênio, conjunto de metas acertadas no ano 2000 para serem cumpridas até 2015. O novo acordo deverá ser fechado em setembro, em encontro agendado para Nova York.

“Um dos pontos preocupantes é a inexistência de espaço formal de diálogo entre a sociedade civil brasileira para que possamos apresentar nossas ideias, reivindicações e participar do processo de construção dessa implementação”, destacou uma das diretoras da Associação Brasileira de ONGs (Abong), Alessandra Nilo, durante encontro realizado hoje (10), em São Paulo, para discutir contribuições da sociedade civil para os ODS.

Segundo Alessandra, apesar da abertura de parte do governo às propostas dos movimentos organizados, essas contribuições não são necessariamente incorporadas à visão oficial. “A gente senta e conversa com os representantes. Eles nos recebem e a gente dialoga, mas no campo da informalidade”, acrescentou.

O novo acordo deverá ser fechado em setembro, em encontro agendado para Nova York (Foto: Divulgação)

Para Alessandra, o Brasil deve aprofundar as discussões em relação a algumas pendências dos Objetivos do Milênio que não foram plenamente alcançadas. “O Brasil tem uma grande pendência dos objetivos femininos, que são os direitos das mulheres e a equidade entre homens e mulheres”, acrescentou.

Segundo ela, no campo da educação também faltaram avanços necessários. “Apesar de termos avançado muito quantitativamente, no sentido de colocar crianças nas escolas, ainda observamos que o déficit da qualidade da educação no Brasil merece bastante atenção.”

Mesmo com dificuldades em temas específicos, Alessandra Nilo lembrou a importância de se analisar as questões de maneira global. “Não dá para olhar uma área sem a outra. É uma agenda que só funciona se implementada integralmente. Isso também é um desafio interessante para o país, porque nos obrigará a articular políticas de diversos setores”, concluiu.

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