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Combater a exclusão social e a oferta insuficiente de espaços educativos, esportivos e culturais nas escolas públicas de São Paulo e do Rio de Janeiro, por meio de uma educação integral de qualidade, é o que faz a Fundação Gol de Letra, a grande vencedora do 10.º Prêmio Itaú-Unicef, entregue nesta quinta-feira, 28, no Auditório Ibirapuera, na zona sul de São Paulo.
A ONG, criada em 1998 pelo ex-jogador de futebol Raí, ganhou a etapa nacional da premiação, promovida a cada dois anos pela Fundação Itaú Social e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
A organização recebeu R$ 225 mil como prêmio, enquanto outras quatro, também vencedoras nacionais, vão receber R$ 100 mil cada. Todas elas foram selecionadas porque promovem a educação integral, dando atividades educativas e culturais fora do horário escolar para crianças e jovens, mas sem deixar de se articular com o ambiente escolar.
Esse conceito de educação integral vai além do tempo extra de aulas, explica a superintendente da Fundação Itaú Social e especialista em educação integral, Isabel Santana. "Ela envolve a ampliação do espaço para além das escolas, usando a cidade como local de aprendizado", afirma. "Também prevê o aumento de conteúdo, que não é aumento de matéria, mas a melhor integração das disciplinas e dos aspectos físicos e psicológicos do aluno."
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Para a coordenadora do programa de educação do Unicef no Brasil, Maria de Salete Silva, o País tem ainda muito o que fazer para trazer e manter todas as crianças e jovens na escola e chegar à formação de alto nível. "A educação integral promove a aproximação da escola com o projeto de vida do aluno. Não há adolescente que suporte uma escola ruim e, por isso, temos um nível de evasão alto, superior a 3,8 milhões de jovens."
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