Cotidiano
Demanda das residências e pequenas empresas foi a maior desde 2014; Sudeste, Centro-Oeste e parte da região Norte registraram algumas das maiores altas
A conta de luz está sem essas taxas desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022 / Fernando Frazão/Agência Brasil
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A onda de calor que atravessou o Brasil no começo de novembro provocou um aumento de 11% no consumo de eletricidade do país na primeira quinzena do mês, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foi o maior avanço desde abril de 2021, quando o setor começou a se recuperar do período mais crítico da pandemia de COVID-19. Os dados prévios são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Dos 69.859 megawatts médios consumidos, 44.784 MW médios foram fornecidos ao mercado regulado, no qual as residências e pequenas empresas contratam energia diretamente das distribuidoras. Houve um aumento de 15,5% no comparativo anual, puxado pelo maior uso de ventiladores e ar-condicionado. Foi o maior crescimento da série histórica, iniciada pela Câmara de Comercialização em janeiro de 2014.
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O restante, 25.075 MW médios, foi utilizado pela indústria e grandes empresas que compram a sua energia direto de um fornecedor no mercado livre. O avanço nesse segmento foi de 4,1%, influenciado principalmente pelos setores de Serviços e Comércio, que também foram impactados pelas altas temperaturas.
Consumo por ramo de atividade econômica
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Entre os 15 setores com consumo monitorado pela CCEE no mercado livre, na primeira quinzena de novembro e na comparação com o mesmo período do ano passado, as maiores taxas foram observadas nos ramos de Serviços (13,2%), Extração de Minerais Não-Metálicos (10,9%) e Comércio (10,3%). Especificamente nos ramos de Serviços e Comércio, a CCEE destaca o uso mais intenso de equipamentos de refrigeração, especialmente nos segmentos de hotelaria, shoppings e hiper e supermercados, que têm maior peso nesses dois setores.
Consumo por região
Todos os estados conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), tiveram um consumo maior por energia elétrica nas duas primeiras semanas de novembro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, destaque para Mato Grosso (37,6%), Acre (27,6%), Espírito Santo (23,8%), Rio de Janeiro (21,2%) e Mato Grosso do Sul (19,5%), conforme gráfico abaixo.
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Se considerarmos somente a demanda do mercado regulado, que tem um impacto maior das temperaturas mais elevadas, as variações sobem para 46% no Mato Grosso, 34% no Mato Grosso do Sul, 28% no Acre, 27% no Rio de Janeiro e 11% em São Paulo.
Geração de energia
A produção das hidrelétricas chegou perto dos 50 mil MW médios, avanço de 6% na comparação com as duas primeiras semanas de novembro do ano passado. Os parques eólicos, que geraram mais de 11 mil MW médios, tiveram um aumento de 40,3%, enquanto as fazendas solares, que ultrapassaram os 3 mil MW médios, avançaram 91,5%. Houve redução de 1,5% na geração das termelétricas.
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