Cotidiano

Oferta de água na capital é pior do que no Oriente Médio

"É situação de escassez, hora de acender o botão vermelho", diz o secretário executivo do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), Francisco Lahoz

Publicado em 08/11/2013 às 12:05

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A disponibilidade hídrica no período de estiagem na Grande São Paulo e nas regiões de Campinas, Jundiaí, Limeira e Piracicaba é menor do que a do Oriente Médio. De acordo com a Organização das Nações Unidades (ONU), quando uma área está abaixo de 1,5 milhão de litros de água por habitante por ano, há um estresse hídrico.

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"É situação de escassez, hora de acender o botão vermelho", diz o secretário executivo do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), Francisco Lahoz.

Na estiagem, a disponibilidade hídrica na Grande São Paulo é de 250 mil litros de água por habitante por ano e na bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí sobe para 408 mil litros. No Oriente Médio, a marca é de 450 mil litros.

O Plano das Bacias Hidrográficas do PCJ para gestão dos mananciais de 2010 a 2020 elaborado pelo comitê das bacias já apontava que a dependência da Grande São Paulo das águas do interior e o acentuado crescimento, demográfico e econômico da região de Campinas têm levado à carência de maiores volumes de água para o abastecimento industrial e a irrigação. Um exemplo disso aconteceu há dois anos, quando a Toyota quis ampliar a fábrica em Indaiatuba. Por falta de oferta de recursos hídricos, foi para Sorocaba. "Por dia, 200 empresas deixam de se instalar na região", afirma Lahoz.

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A disponibilidade hídrica no período de estiagem na Grande São Paulo e nas regiões de Campinas, Jundiaí, Limeira e Piracicaba é menor do que a do Oriente Médio (Foto: Divulgação)

Chuva

O governo estadual e entidades do setor concordam que o gerenciamento do Sistema Cantareira precisa de adequações. Um deles é em relação ao sistema de armazenamento de água, que se mostra problemático com muita chuva. "Precisamos de uma garantia que, se houver liberação das comportas, o que estava no banco de águas fica congelado. Porque senão, toda vez que chover muito, a poupança de água de Campinas desce rio abaixo", diz Lahoz.

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