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No próximo dia 9, integrantes do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) vão se reunir para discutir o bloqueio aéreo feito por quatro países europeus à aeronave do presidente da Bolívia, Evo Morales.
No início da semana, autoridades da França, da Itália, da Espanha e de Portugal não autorizaram que a aeronave, que vinha de Moscou, cruzasse o espaço aéreo alegando suspeitas de que o ex-funcionário da CIA (agência de inteligência dos Estados Unidos), Edward Snowden, estaria a bordo. O avião foi forçado a fazer um pouso de emergência na Áustria onde, segundo fontes de La Paz, foi revistado.
Snowden, que denunciou o monitoramento feito por autoridades norte-americanas de e-mails e ligações telefônicas de cidadãos dentro e fora dos Estados Unidos, está, há quase um mês, em uma área de trânsito do Aeroporto de Moscou, considerada como "território neutro".
Ontem (6) o presidente da Bolívia ofereceu "asilo humanitário" ao americano. No discurso feito em uma cidade no Sudeste do país, Morales deixou claro que a decisão é um protesto contra os países que impediram que a aeronave decolasse.
A reunião da OEA, marcada para a próxima terça-feira, ocorrerá na sede da organização internacional em Washington e será transmitida ao vivo no site da OEA. Há três dias, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, cobrou explicações dos governos europeus. Em comunicado, Insulza se disse “profundamente incomodado” e ressaltou que “nada justifica uma ação de tanto desrespeito”.
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