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Os sítios Pimental, Belo Monte, Canais e Diques, Bela Vista e a infraestrutura das obras da Usina Belo Monte, no Rio Xingu, em Altamira do Pará, estão 100% paralisados. Os 27 mil trabalhadores do empreendimento decidiram entrar em greve por melhorias trabalhistas na terça-feira. É a 17ª paralisação do empreendimento.
A Norte Energia, responsável pela construção e operação da usina, estima prejuízo de R$ 12 milhões por dia parado ou R$ 360 milhões por mês. Em abril, o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) admitiu pela primeira vez que o cronograma pode ser afetado.
A principal reivindicação é um reajuste salarial de 15%. O CCBM ofereceu 11%. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Pará (Sintrapav-PA), Rogineu Gobbo, disse que a greve só acaba se o consórcio apresentar nova proposta.
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Segundo Gobbo, os trabalhadores querem, além do reajuste salarial, plano de saúde e aumento no valor do vale-refeição. Segundo ele, o reajuste de 11% foi oferecido aos trabalhadores das áreas de execução, técnica e os encarregados. Para os cargos de supervisor e gerente, o aumento chega a 6,5%.
A greve ganhou adesão aos poucos. No dia 9, os trabalhadores pararam as obras do Sítio Pimental. No dia 12, as obras foram paralisadas no sítio Belo Monte. No dia 14, a Justiça proibiu que os operários bloqueassem o acesso ao sítio Belo Monte. Para garantir o cumprimento da decisão, a Força Nacional foi convocada para reforçar a segurança no local. A Polícia Militar também foi chamada.
Em nota, a assessoria de imprensa do CCBM confirma a paralisação e destaca o reajuste de 11% proposto, "muito superior à inflação do período (5,68%); reajuste de 12% na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), de 25 horas/mês para 28 horas/mês; e reajuste de 30% no valor da cesta básica/vale-alimentação,atualmente de R$ 200. Segundo a assessoria de imprensa, diante da greve, o CCBM está avaliando as medidas a serem adotadas.
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