Cotidiano

Obras da João Pessoa seguem até julho

Intervenções da Sabesp prolongaram o prazo de término da obra, que trocará toda a rede de abastecimento do local

Publicado em 17/05/2014 às 03:17

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O canteiro de obra da Rua João Pessoa parece estar demorando mais do que o previsto. Quem precisa passar por ela todos os dias já percebeu isso. Realmente, o prazo para entrega das obras foi estendido. Com o início das obras de revitalização da via, a Sabesp enxergou uma oportunidade de substituir a rede de tratamento de água do local. A informação é do arquiteto Glaucus Farinello, chefe do Departamento de Obras Públicas da Secretaria de Infraestrutura e Edificações.

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“Essa é uma obra contratada pela Administração e tinha um prazo estabelecido. Só que no decorrer das obras, a Sabesp viu a possibilidade de fazer a troca da rede subterrânea. A infra é muito antiga e nós reconhecemos que seria uma boa chance para que no futuro a gente não tenha mais trabalho. A João Pessoa foi alvo de reurbanização há mais de 50 anos, então, toda a rede da Sabesp é muito antiga. Para aproveitar a oportunidade, tivemos que readequar o cronograma das obras. Por isso, nós jogamos o prazo para o meio do ano, um prazo diferente do que foi anunciado no começo para compatibilizar com as obras da Sabesp. Por exemplo, hoje, a Sabesp trabalha depois da (rua) Brás Cubas em direção a (rua) Frei Gaspar. Ali não é a Fonte Norte (empresa responsável pelas obras de reurbanização da João Pessoa). Hoje, a Fonte Norte trabalha da Brás Cubas para trás”, explica.

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A reportagem do Diário do Litoral recebeu diversas reclamações dos comerciantes situados no trecho entre a Avenida Perimetral e a Rua Brás Cubas, onde acontecem as obras de revitalização da via e implantação da ciclovia. Segundo Farinello, as duas empresas começaram as intervenções juntas, o que criou problemas no início das obras. “Em um primeiro momento, como a gente tinha compromisso de prazo, a Sabesp e a contratada entraram simultâneas no mesmo trecho. Prefeitura identificou que isso foi ruim porque foi difícil integrar o serviço. Então, a partir de agora, estamos separando. Então a Fonte Norte só vai entrar na quadra quando a Sabesp terminar. Isso irá minimizar a desinformação”, comenta.

A justificativa explica a demora em alguns pontos da obra. “Os clientes reclamam muito. Já quase cai aqui na frente por causa das obras. Está demorando muito, uma hora eles estão aqui na frente, outra hora estão em outro lugar, sem falar no trânsito que está horrível”, reclamou a gerente de uma loja de material para construção, Neide Evangelista.

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“O que acontece é que o lado direito foi muito mais fácil de concluir porque foi uma simples reposição de calçada. Já o lado esquerdo, até em função da ciclovia, existe toda uma readequação e a intervenção é muito mais profunda. Não houve paralisação da obra em nenhum momento. Em duas quadras, em função da dificuldade que a Sabesp encontrou para a substituição das redes, como as empresas trabalharam simultaneamente — a Sabesp trocando a rede junto aos imóveis e a empreiteira fazendo as guias —, e o serviço da Fonte Norte andou muito mais rápido do que o da Sabesp houve um desencontro. Ou seja, ela não pode avançar porque a Sabesp não concluía e nós fomos obrigados a ir para outras fontes de obras”, explica mais uma vez o arquiteto da Prefeitura.

Trecho até a Rua Brás Cubas deve terminar até a Copa (Foto: Matheus Tagé/DL)

Já o comerciante José Carlos da Costa, proprietário de uma mercearia, fez outra reclamação. “É muita poeira e quando chove, alaga tudo. Estou aqui há 20 anos, isso nunca aconteceu”, conta. O mesmo reclamou o recepcionista de um estacionamento, João Gaudino. “Isto está uma calamidade. O estacionamento aqui do lado até fechou. Se chove, enche. Antes não era assim”, comenta.

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Para Farinello, estas reclamações são importantes para o bom andamento da obra. “É muito importante que o munícipe, quando se depara com uma situação incomum ou um fato novo, que ele comente isso. Que ele use os canais da Prefeitura. Isso é muito importante para a gente poder mapear e fazer a vistoria. De fato, a obra gera detritos que podem comprometer a rede. Quando termina a obra ou uma etapa é feita a limpeza das galerias”, explica.

As obras devem seguir até a Praça dos Andradas. Mas para o fim ainda não dá para definir um prazo. “Para dar um prazo, a gente sempre depende da Sabesp, que precisa terminar o trecho entre a Brás Cubas e a Frei Gaspar. Ou seja, a Fonte Norte só pode entrar nestas quadras após a conclusão. A Sabesp também encontra dificuldade. Até junho nós esperamos concluir toda a parte que foi aberta pela Fonte Norte, ou seja, todo o lado direito e o lado esquerdo até a Brás Cubas. E a gente aguarda uma liberação da Sabesp para poder entrar nos trechos que a empresa for entregando”. O arquiteto afirma que a Sabesp está demorando, em média, duas semanas por quadra. “Então, eu imagino que em torno de 10 dias, eles vão liberar o trecho entre a Brás Cubas e a Martim Afonso para a Fonte Norte. O compromisso da Fonte Norte com a Prefeitura é concluir, até meados de junho, próximo à Copa, tudo aqui que já está aberto”, garante.

A obra, orçada em R$ 2,3 milhões, irá manter as quatro faixas de rolamento. Já os estacionamentos serão reordenados. “Não tem estreitamento de via. O que tem é o reordenamento dos estacionamentos que, originalmente, os veículos ficam posicionados a 45 graus e, hoje, eles vão ficar paralelos à calçada. Haverá uma redução de estacionamento não significativa. Há um estudo que aponta que as vagas a 45 geram uma lentidão maior por conta das manobras. A faixa esquerda sempre foi morta na João Pessoa em função dos estacionamentos. A gente entende que com o reordenamento das páginas vai dar uma agilidade maior para a faixa”, finaliza.

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“Não tem estreitamento de via”, analisa Glaucus Farinello (Foto: Matheus Tagé/DL)

CET
Na região central há 12 estruturas de bicicletários que ofertam quase 200 vagas. Paralelamente às obras de reurbanização da Rua João Pessoa, a CET avaliará a necessidade de instalação de novas estruturas. A via também vai contemplar uma faixa exclusiva para a circulação de ônibus, de forma a privilegiar o transporte de massa e reduzir o tempo das viagens. Na Rua João Pessoa trafegam 43 linhas de ônibus municipais e intermunicipais.

A ciclovia projetada para a Rua João Pessoa fechará o anel cicloviário da Cidade. Ela terá início na Rua João Otávio, fazendo conexão com a Av. Perimetral, e se estendendo até a Praça dos Andradas, onde será interligada ao equipamento já existente da Av. Visconde de São Leopoldo/Martins Fontes ou à ciclovia da Av. Valdemar Leão/Túnel Rubens Ferreira Martins.

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Sabesp
Segundo a Sabesp, as intervenções realizadas pela companhia na via vêm acontecendo desde 2013, simultaneamente às realizadas pelas equipes da Prefeitura de Santos, obedecendo ao cronograma estabelecido no início das obras de reurbanização da via. “No local, a Sabesp vem executando a substituição de aproximadamente três quilômetros de redes de água, nos dois lados da rua, medida operacional que integra um planejamento de ações executadas constantemente para a renovação das tubulações — redes de distribuição e ligações domiciliares — gerando melhorias ao sistema de abastecimento de água”, afirmou através de nota encaminhada à Reportagem.

Nos últimos anos, a companhia vem agindo em parceria à Administração Municipal, aproveitando as obras de reurbanização no Centro de Santos para remanejar suas tubulações, como também foi feito nas ruas Amador Bueno, Itororó e General Câmara, bem como ruas Cidades de Toledo e do Comércio. “As obras têm como principal objetivo levar melhorias à população, conciliando a execução dos trabalhos de forma concomitante para gerar o menor transtorno possível”, garante.

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