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As obras da segunda etapa do Veículo Leve sob Trilhos (VLT), em Santos, devem começar ainda no primeiro semestre de 2015 e com prazo de 24 meses para a conclusão. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) autorizou a publicação do edital de pré-qualificação das obras do trecho entre as estações Conselheiro Nébias e do Valongo.
A cerimônia, realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo estadual, em São Paulo, contou com a presença do Secretário de Transportes Metropolitanos do Estado, Jurandir Fernandes e do prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).
O projeto se encontra em fase de licenciamento ambiental. A conclusão do EIA-RIMA deve ser realizada até o fim do mês. Em janeiro, o governo irá protocolar a licença junto à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Só depois da autorização do órgão é que as obras podem ter início.
O trecho terá 8 quilômetros de extensão e contará com 14 estações. O investimento inicial está estimado em R$ 215 milhões. “Nós temos nossa demanda maior na região central da Cidade. É onde nós geramos empregos, temos atividades econômicas predominantes e é fundamental que a gente tenha essa conexão com o Centro. Temos o Museu Pelé, Petrobras, o Poupatempo. Todos os ambientes que existem na região central da Cidade e que agora terão uma conexão direta” destacou Paulo Alexandre Barbosa.
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Segundo o prefeito, não haverá desapropriações por causa das obras. “Vamos ter ganhos de urbanização importantes. A Rua Campos Mello terá a via reurbanizada. Toda fiação será aterrada, nos mesmos moldes da Rua XV de Novembro. Isso será importante para garantir a acessibilidade, urbanização e a valorização da região”.
Consórcio assume sistema metropolitano no 2º semestre
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A reunião no Palácio dos Bandeirantes serviu também para a homologação do vencedor da licitação para operar o Sistema Integrado Metropolitano (SIM) na Baixada Santista por meio da Parceria Público Privada (PPP).
O consórcio BR Mobilidade Baixada Santista, formado pelas empresas Comporte Participações e Viação Piracicabana, vencedor da licitação, realizará um investimento de R$ 666 milhões, para projetos no trecho entre o Terminal Barreiros e o Samaritá. Com o valor, o total investido no VLT, com fundos públicos e privados, chega a quase R$ 2,3 bilhões.
O grupo será responsável pela operação do sistema de transporte intermunicipal por ônibus e demais veículos de baixa e média capacidade e o VLT no trecho entre São Vicente até o Valongo. Além disso, o BR Mobilidade Baixada Santista assumiu o compromisso de fornecer 11 composições, que se somam as 22 já contratadas pelo estado. Também haverá a aquisição de 370 ônibus para o sistema intermunicipal.
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O governador espera, com o SIM, poder implantar o bilhete único na região. “Em São Paulo fizemos exatamente essa integração metrô, trem e pneu. Nossa meta é essa. O bilhete único metropolitano. Você tem duas questões. Uma é eletrônica, você ter um cartão que serve para todos os modais. A outra é o desconto, que depende de cada um. De suportar o subsídio”, falou Alckmin.
A assinatura do contrato deve se dar em fevereiro de 2015. A partir desta data, o consórcio terá 180 para assumir a operação. Com isso, a operação comercial do VLT passa a funcionar somente no segundo semestre do ano que vem. O sistema começa a operar em março, de maneira controlada, entre as estações Mascarenhas de Moraes, em São Vicente, e Bernardino de Campos, em Santos. Um trecho de aproximadamente de 7 quilômetros.
“Alguns atrasos que ocorreram. Vocês lembram que o Ministério Público embargou essa obra por muito tempo. Se você tirar 5 meses deste entrave, já não é mais em março. Problemas em obras sempre existem. O viaduto da Emmerich tinha uma canalização da Sabesp dentro. O túnel do José Menino tem a rocha, é mais fragmentada do que se avaliou. Tivemos que tomar mais cuidado. Não pudemos fazer dinamitação. São cuidados que tivemos que ter durante a obra”, disse Jurandir Fernandes, explicando os motivos da operação comercial não iniciar em março, como dito anteriormente.
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Outra complicação é a falta de mão de obra qualificada. “Nós não temos operadores de VLT no Brasil. Há um compromisso com o empresário que, em até 60 dias, ele tem que estar com a turma toda contratada e com curso de operador do VLT. É tão inédito que nem o Contran tinha uma definição. Isso tudo faz parte de uma coisa nova que Santos é a percursora”, comentou o secretário.
Questão da água
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O governador Geraldo Alckmin também falou sobre a questão da água na Baixada Santista durante a temporada de verão. O tucano destacou os investimentos realizados na Região.
“Fizemos dois grandes investimentos. Um foi Mambu-Branco, com uma grande ampliação, pegando toda região de Santos até Peruíbe. Estamos com uma grande capacidade com a ampliação da estação de tratamento de água e de produção em Mambu-Branco. A outra foi em Guarujá, com a estação Jurubatuba. No lado sul está tudo pronto e em operação. Em Guarujá, que é o mais estressante, com maior vulnerabilidade hídrica, é realizada a ampliação de Jurubatuba”, disse o governador.
Alckmin descartou, a princípio, criar uma diretoria da Sabesp na Baixada Santista. “Em questão de diretoria a gente é sempre cuidadoso. Quanto mais estruturas administrativas, menos você investe na ponta. O que interessa para a população é água na torneira, esgoto coletado e tratado. Cada vez mais a ideia é reduzir estruturas administrativas para você poder investir mais na atividade física. Mas vamos deixar para avaliar isso mais para frente”, explicou.
Projeto de trens intercidades busca conectar Estado via ferrovia
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Conectar as principais cidades do Estado de São Paulo. Esse é o planejamento do governador Geraldo Alckmin (PSDB), com a criação do projeto do Trem Intercidades. A iniciativa busca, via ferrovia, interligar as regiões que concentram a maioria da população paulista.
“Ele é uma cruz. No cruzamento norte-sul, ele sai de Americana, passa por Campinas, Valinhos, Vinhedo, Jundiaí até São Paulo, depois segue para Santo André e Santos. Já no oeste-leste, ele sai de Sorocaba e vai por São Roque, Osasco, São Paulo, São José dos Campos, Taubaté e Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba”, explicou o governador Alckmin.
A primeira etapa será a ligação entre São Paulo e Americana. O governo estadual já possui a Parceria Público Privada (PPP), mas aguarda a autorização da União para utilização da faixa federal. “A escolha se dá em razão da importância do aeroporto de Viracopos. Nós precisamos da faixa do trem federal para não ter desapropriação. Ali cabem cinco linhas. As duas da CPTM, que já existem, a duas do trem intercidades e uma só para carga. Hoje, a carga está dentro das linhas da CPTM. Você vai separar essas linhas”, contou Alckmin.
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O projeto irá interligar as cidades de São José dos Campos, Campinas, Santos, Sorocaba e São Paulo. O que o governador chamou de “macrometrópole”, responsável por dois terços da população paulista.
Urgência
De acordo com o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, o Governo Paulista pediu urgência para a União na questão. “O espaço está dividido em alguns setores da União. Há também muitas áreas concedidas para prefeituras ao longo do percurso. Nós estamos apertando a União para que ela defina de uma vez. Não podemos aplicar uma PPP com um grau de incerteza desses. Tem que ter o cadastro, os tipos de propriedade. Estamos pedindo urgência da União. Estamos preparados. Já temos até interessados”, disse o secretário.
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Segundo Fernandes, após o trecho de Americana até São Paulo, o Estado deve se concentrar na região de Santos. “Na questão de Santos, o retorno do volume de passageiros é um pouco menor, mas o volume está expandindo. Depois de Americana, Santos está encabeçando. A segunda colocada, antigamente, era Sorocaba. Santos equilibrou isso”, comentou.
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