Cotidiano

Obama recebe dalai-lama na Casa Branca e irrita a China

A reunião foi fechada para fotógrafos e, ao contrário do que aconteceu em visitas anteriores, o líder budista saiu da Casa Branca sem falar com os jornalistas

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 21/02/2014 às 18:02

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

O presidente Barack Obama reuniu-se nesta sexta-feira com o dalai-lama na Casa Branca, sob forte objeção da China, que afirmou que o encontro provocaria "grave danos" às relações norte-americanas com o país asiático.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O dalai-lama está nos Estados Unidos para uma turnê de palestras. A reunião foi fechada para fotógrafos e, ao contrário do que aconteceu em visitas anteriores, o líder budista saiu da Casa Branca sem falar com os jornalistas.

Quando a Casa Branca anunciou o encontro, na noite de quinta-feira, a China respondeu quase imediatamente, pedindo a Obama que cancelasse o evento, no que se tornou quase um ritual diplomático toda vez que um presidente dos Estados Unidos se reúne com o líder budista exilado. Em comunicado, o governo chinês acusou Obama de permitir que o dalai-lama usasse a Casa Branca para promover atividades antichinesas.

Continua depois da publicidade

"O plano do líder norte-americano de se encontrar com o dalai-lama é uma interferência grosseira na política doméstica da China", disse Hua Chunying, porta-voz do ministério de Relações Exteriores chinês. "Trata-se de uma grave violação dos princípios das relações internacionais e inflige graves danos às relações entre China e Estados Unidos."

Obama recebeu o dalai-lama na Sala do Mapa, na Casa Branca, e não no Salão Oval, para onde o presidente costuma levar visitantes para tirar fotografias. A reunião privada, fechada para os jornalistas apesar dos pedidos, sugere uma tentativa de evitar que o encontro tivesse uma aparência de reunião formal entre dois chefes de Estado.

Ao anunciar o evento, a Casa Branca informou que Obama se reuniria com o dalai-lama, um líder cultural e religioso. Indicando que uma reação chinesa era esperada, autoridades reiteraram que os Estados Unidos reconhecem o Tibet como parte da China e não apoia a independência tibetana.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software