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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, buscou aumentar a pressão sobre o Congresso para encerrar a paralisação parcial do governo do país. Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira - oitavo dia de paralisação -, Obama alertou que a falta de ação dos parlamentares pode criar "o risco significativo de uma recessão muito profunda".
Ele disse não ter problemas para conversar com os republicanos, mas somente após eles aprovarem um projeto para financiar o governo e elevar o teto da dívida. "Eu disse a John Boehner (presidente da Câmara) que as negociações não devem ser acompanhadas de ameaças de paralisação, caos econômico e default", disse Obama.
Obama quer projetos "limpos" sem condições republicanas atreladas e por isso criticou o partido adversário por tentar conseguir "um resgate" para reabrir o governo e elevar o teto da dívida. Ele afirmou, porém, que o governo está disposto a aceitar um projeto de financiamento nos níveis atuais, mesmo que de curto prazo.
O presidente também lembrou que, somente esta semana, já perdeu encontros críticos na Ásia. Segundo Obama, os democratas já negociaram questões orçamentárias com os republicanos mais de 20 vezes.
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Obama também minimizou os comentários de que os EUA não entrariam tecnicamente em default se o Congresso não elevar o teto da dívida. "A decisão de permitir um default, segundo muitos CEOs e economistas, seria insana, catastrófica, caótica - e essas são palavras educadas", disse.
O presidente lembrou que não há opção boa no caso de um default e que deixar de pagar qualquer obrigação afetaria a credibilidade do país. "Minha mensagem para o mundo é de que os EUA sempre pagaram suas contas e vão continuar assim", afirmou, acrescentando que o Tesouro está explorando todos os planos de contingência. Segundo ele, no pior cenário, "existem algumas coisas que tentaremos fazer".
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Obama disse ainda que o secretário do Tesouro norte-americano, Jacob Lew, dará mais detalhes sobre o assunto na quinta-feira, quando está previsto seu depoimento ao Senado.