Cotidiano

Obama quer aprovação da reforma migratória antes do final do verão

“Não existem razões para que o Congresso não possa fazer isso antes do final do verão ”, disse o presidente americano

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 11/06/2013 às 20:52

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje (11) esperar a aprovação da reforma migratória antes do final do verão, que termina em setembro no Hemisfério Norte. Ele admitiu, no entanto, que os opositores da iniciativa poderão “incutir o medo” durante o debate parlamentar. “Não existem razões para que o Congresso não possa fazer isso antes do final do verão ”, disse Obama, em discurso na Casa Branca, no mesmo dia em que o projeto de lei começou a ser debatido no Senado.

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“Minha administração fez o que podia. O Congresso precisa atuar”, disse Obama, admitindo que o projeto em discussão “não é perfeito”, mas ajudará a corrigir o sistema migratório norte-americano. “Não existe nenhuma boa razão para entrar em jogos processuais ou recorrer à obstrução só para bloquear a melhor oportunidade que tivemos, em anos, para resolver esse problema de forma justa para as famílias de classe média, para os empresários e para os imigrantes legais”, acrescentou.

Segundo o presidente, o projeto, apresentado em abril passado por quatro senadores republicanos e quatro democratas, é “um compromisso” entre várias posições, de modo que “ninguém vai conseguir tudo o que pretende durante o debate, nem os republicanos, nem os democratas”.

No discurso, Obama destacou as vantagens econômicas da nova lei, em um país em que “um em cada quatro novos proprietários de pequenos negócios é imigrante”.

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Os oito senadores que apresentaram o projeto enfatizaram que a reforma não concederá anistia aos mais de 11 milhões de pessoas que, segundo estimativas, vivem e trabalham nos Estados Unidos sem documentos de residentes legais. Entre outros aspectos, a reforma prevê prazo de dez anos para a legalização dos que não têm documentos, sanção a empresas que conscientemente contratem imigrantes sem documentos e fundos para contratar 3.500 agentes.

Obama discursou na Casa Branca, no mesmo dia em que o projeto de lei começou a ser debatido no Senado (Foto: Charles Dharapak/Associated Press)

A reforma propõe ainda verba de US$ 3 milhões para a segurança nas fronteiras, bem como recursos adicionais para colocar muros e vedações nas áreas fronteiriças. O texto impõe igualmente um prazo de dez anos para que o Departamento de Segurança Nacional certifique a segurança fronteiriça, em particular em zonas com elevado tráfico de pessoas, antes do início de um plano de legalização dos imigrantes que estão em situação irregular no país.

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No dia 11 de abril, milhares de pessoas manifestaram-se em frente ao Capitólio, em Washington, para pedir direitos para os imigrantes ilegais. Outras manifestações ocorreram em cidades de 18 estados norte-americanos.

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