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Os Estados Unidos não vão enviar jatos militares ou iniciar negociações diplomáticas de alto nível para conseguir a extradição de Edward Snowden, afirmou o presidente norte-americano Barack Obama nesta quinta-feira.
Ele descartou a hipótese de usar o poderio militar norte-americano para perseguir Snowden, caso ele saia da zona de trânsito do aeroporto russo e tente se asilar em algum país.
Chamando Snowden, ex-funcionário da CIA e de uma empresa que presta serviços para o governo, de "hacker de 29 anos", (na verdade ele completou 30 na semana passada) Obama tentou minimizar a busca internacional por Snowden, baixando a temperatura de uma questão que já elevou as tensões entre os Estados Unidos e os parceiros Rússia e China.
Obama disse que os danos à segurança nacional norte-americana já foram feitos e que sua principal preocupação agora é assegurar que isso não aconteça novamente.
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"Eu não vou fazer um estardalhaço com um suspeito que estamos tentando extraditar e elevar a questão a um ponto que comecemos a negociar uma série de outras questões simplesmente para extraditá-lo, para que ele enfrente o sistema judiciário", disse Obama em coletiva conjunta com o presidente senegalês, Macky Sall, na capital do país, Dacar.
O presidente norte-americano disse que a luta por justiça de Snowden é compreensivelmente interessante, mas que, como presidente, ele está mais interessado em impedir que o roubo de documentos aconteça novamente e na questão de equilibrar a segurança e os interesses de liberdade civil nos Estados Unidos.
Snowden vazou documentos que descrevem dois programas de vigilância da Agência Nacional de Segurança, que recolhe informações sobre ligações telefônicas de norte-americanos e um outro, que monitora comunicações pela internet no exterior.
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Ele disse ter divulgado as informações por temer a excessiva supervisão do governo. Snowden permanece no aeroporto russo, sem destino certo.
O presidente disse que não telefonou pessoalmente para o presidente russo Vladimir Putin ou para o presidente chinês Xi Jinping para pedir cooperação no caso. "Eu não deveria ter que (fazer isso)", declarou Obama.
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Segundo o presidente, tais questões são rotineiramente tratadas por agentes de aplicação da lei, portanto, pedir a extradição de Snowden "não é excepcional da perspectiva legal".
Ele disse que os Estados Unidos tem amplo relacionamento econômico com a China que não deve ser reduzido por causa da caçada a um fugitivo. Obama declarou também que os Estados Unidos tiveram "conversas úteis" com Moscou a respeito dos esforços para o retorno de Snowden para o território norte-americano. Putin disse que Snowden é um "homem livre" e se recusou a entregá-lo a Washington.
"Minha expectativa é que a Rússia e outros países que falaram sobre dar asilo ao senhor Snowden reconheçam que são parte de uma comunidade internacional e que devem respeitar a lei internacional", disse o presidente, lembrando que os Estados Unidos não têm tratado formal de extradição com a Rússia.
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A Casa Branca disse que a recusa de Hong Kong em deter Snowden feriu "inquestionavelmente" as relações dos Estados Unidos com a China.
O governo de Hong Kong afirmou que permitiu que Snowden fugisse porque os Estados Unidos forneceram seu nome do meio errado em documentos pedindo sua prisão. O Departamento de Justiça norte-americano afirmou que não aceitou a desculpa, à qual chamou de um "pretexto para não agir".
O governo de Hong Kong também já havia mencionado anteriormente que pedira mais informações sobre os alvos da Agência Nacional de Segurança norte-americana em Hong Kong, dando a entender que a questão pesou em sua decisão.
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