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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse aos jovens sul-africanos que foram vê-lo no campus de uma universidade em Soweto, que o futuro do continente está em suas mãos e pediu a eles que usem Nelson Mandela como modelo para liderança política.
Obama foi bem recebido ao anunciar um acordo que inicialmente vai levar anualmente 500 jovens líderes africanos para os Estados Unidos, onde receberão treinamento acadêmico e de liderança.
Enquanto Obama falava na universidade, localizada na cidade de Soweto, berço da oposição ao apartheid, a polícia usava bombas de efeito moral para dispersar centenas de pessoas que protestavam contra as políticas norte-americanas contra o terrorismo, nas proximidades do local.
A África do Sul é o segundo país visitado por Obama em sua viagem pelo continente. Ele falou numa universidade de Johanesburgo que não fica muito distante das casas simples de Soweto, onde Mandela passou vários anos de sua vida.
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"O futuro do continente está em suas mãos", afirmou Obama. Ele pediu aos jovens de Soweto e àqueles que assistiam ao evento no Quênia, Nigéria e Uganda, que se inspirem na recusa de Mandela em ser intimidado pelos 27 anos de prisão. "Pensem a respeito de 27 anos na prisão. Pensem sobre os sofrimentos e lutas e em estar longe de sua família e amigos."
"Houve momentos sombrios que testaram sua fé na humanidade, mas ele se negou a desistir", declarou Obama. "Nas vidas de vocês, haverá momentos em que sua fé será testada."
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Obama foi aplaudido com grande entusiasmo pela multidão em Soweto, que cantou músicas de protesto sul-africanas antes de ele chegar e gritaram o slogan de campanha do presidente, "Sim, nós podemos" (Yes, we can), quando ele chegou ao palco.
Mas um grupo de manifestantes ateou fogo a bandeiras norte-americanas e fotografias de Obama e pelo menos três explosões de bombas de efeito moral foram ouvidas, enquanto a polícia tentava afastar da universidade os integrantes do protesto.
"A mensagem é clara. Queremos que ele honre as promessas que fez quando se tornou presidente, dentre elas o fechamento de Guantánamo", disse Firoz Osman, de 30 anos, um dos manifestantes.
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