Continua depois da publicidade
Em uma semana que pode definir seu segundo mandato, o presidente dos EUA, Barack Obama, vai fazer uma intensa campanha para defender uma intervenção militar na Síria. Obama deverá conceder uma série de entrevistas nesta segunda-feira, antes de um discurso televisionado previsto para amanhã às 22h (de Brasília).
O líder norte-americano também enviou assessores para reuniões a portas fechadas com membros do Congresso sobre as acusações de que o regime de Bashar Assad usou armas químicas contra civis em um ataque que deixou mais de 1,4 mil mortos em 21 de agosto.
O maior desafio de Obama, com a volta nesta segunda-feira do Congresso após o recesso de verão, será conseguir apoio de uma quantidade suficiente de parlamentares para a resolução que autoriza uma intervenção. O argumento do governo dos EUA é de que não há dúvidas de que Assad usou armas químicas no ataque do dia 21 - uma afirmação que Assad negou em entrevista à rede de televisão CBS.
"Nós não estamos mais debatendo se isso aconteceu ou não", afirmou Denis McDonough, chefe de gabinete da Casa Branca, à CNN. "O Congresso tem a oportunidade nesta semana de responder a uma pergunta simples: deve haver consequências para o fato de (Assad) ter usado aquele material?", acrescentou.
O Senado dos EUA deverá votar nesta semana a resolução que autoriza Obama a usar força contra a Síria. A resolução atual, que pode ser emendada, apoia uma missão militar destinada, em parte, a mudar o rumo da guerra civil na Síria e abrir espaço para a saída de Assad.
No entanto, não está claro se o Congresso - especialmente a Câmara, onde Obama enfrenta mais oposição - vai apoiar a medida. Muitos parlamentares disseram que se opõem à resolução porque ela é muito ampla. A Câmara não deve votar sobre o tema antes da próxima semana.
O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, promoveu um jantar na noite de domingo com um grupo de senadores republicanos. Hoje o secretário de Estado, John Kerry, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, e a consultora de Segurança Nacional, Susan Rice, deverão se reunir com membros da Câmara.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade