Cotidiano

OAB de Santos propõe ação contra Unimed Paulistana

A medida, proposta pelo presidente da OAB de Santos, foi acatada pela Seccional de São Paulo. Segundo Rodrigo Julião, cerca de dois mil advogados da Região eram clientes da Unimed Paulistana

Publicado em 17/09/2015 às 11:04

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A Seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acatou requerimento do presidente da OAB de Santos, Rodrigo Julião, e propôs ação civil pública contra a Unimed Paulistana. Segundo Julião, cerca de dois mil advogados da região eram clientes da instituição.

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“A finalidade é acabar com os transtornos causados pela falta de atendimento. A ação foi distribuída na última segunda-feira (14), na 6ª Vara Cível de Santos. O processo foi encaminhado ao Ministério Público para parecer sobre o pedido de antecipação de tutela para atendimento geral da classe pela Unimed Santos, que está se negando a atender os advogados e seus dependentes”, afirma Julião.

No início do mês, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decretou a alienação compulsória da carteira de beneficiários da Unimed Paulistana. Em outras palavras, informou que a operadora não possui mais condições de atender seus quase 750 mil clientes, principalmente na cidade de São Paulo.

Unimed Paulistana tem até o início de outubro para negociar toda sua carteira de beneficiários a outra operadora de saúde. Até lá, a empresa tem que manter as condições dos contratos sem prejuízos aos consumidores e fazer uma troca de gestor na tentativa de colocar as contas em ordem. Novos planos da companhia não poderão mais ser vendidos.

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A OAB São Paulo acata pedido do presidente da OAB-Seção Santos, Rodrigo Julião (Foto: Matheus Tagé/DL)

Até então, a Unimed Paulistana faturava algo em torno de R$ 2,7 bilhões ao ano, por meio de planos coletivos, empresariais por adesão. É a maior operadora do Sistema Unimed, considerada a maior rede de assistência médica do Brasil, com 351 cooperativas, 110 mil médicos e 113 hospitais.

Caso nenhuma outra Unimed se interessar pelos clientes da Paulistana, a ANS fará uma oferta pública para que operadoras interessadas ofereçam propostas de novos contratos aos beneficiários.

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Em janeiro deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia decidido que a Unimed é responsável, solidariamente, por qualquer outra Unimed do Brasil. Isso quer dizer que uma deveria obrigatoriamente atender os pacientes das outras. A ANS ainda ressalta que os beneficiários têm de manter o pagamento de seus boletos para garantir o direito à migração para uma nova operadora.

Comunicado

No site da Unimed Paulistana, um comunicado informa que os clientes que tiverem consultas e atendimentos negados pela rede de credenciados (hospitais, clínicas e laboratórios) devem entrar em contato com a Central de Atendimento, pelos números (11) 3113-0800 e 0800 9402345, para que sejam encaminhados para outro local de atendimento.

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A empresa ressalta que os clientes devem manter o pagamento de suas mensalidades em dia, como forma de garantia de preservação de direitos no momento de migração para outro plano de saúde, conforma determina a ANS.

O Diário do Litoral aguardou uma resposta da Unimed até às 18 horas de ontem, limite para o fechamento da reportagem.

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