Cotidiano
Moradores do bairro de São Vicente descartam resíduos em ruas e calçadas. Desativado em 2002, o antigo lixão virou área de transbordo, mas o local ainda acumula resíduos sólidos
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Na presença da reportagem do Diário do Litoral, a moradora deposita uma caixa de papelão com diversos pedaços de madeira na calçada, já tomada por entulho e outros tipos de resíduos. O curioso é que o descarte irregular em via pública acontece entre duas caçambas da Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi), responsável por gerenciar a coleta de lixo na Cidade.
O lixo no Sambaiatuba, onde a reportagem flagrou o desrespeito da moradora, não é acumulado só no Parque Ambiental do Sambaiatuba, conhecido como antigo lixão. As ruas e calçadas do bairro também servem de depósito para os moradores.
O Diário do Litoral esteve no local na última semana e registrou o descarte irregular do lixo em locais públicos, de passagem de pedestres e veículos.
Na mesma calçada onde a mulher jogava a caixa com pedaços de madeira, estavam acumulados sacos de lixo, entulho e mais pedaços de madeira. “Isso aqui é uma imundice. Se cada um fizesse um pouco, não estaríamos vivendo no meio do lixo”, diz o aposentado José Alves, que também é morador do Sambaiatuba.
Alves conta que todos os dias vê moradores do bairro descartando lixo em algumas esquinas. “O bairro todo está um verdadeiro lixão”.
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É o que também diz o aposentado Fausto Rodrigues Filho, outro morador do Sambaiatuba. Na opinião dele, o desrespeito da população com o próprio bairro que reside é determinante para as condições de vida de todos que moram naquela área.
Rodrigues Filho conta que viver no Sambaiatuba é enfrentar, diariamente, o fedor de carniça e a presença de insetos e animais, como ratos, dentro de casa.
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Antigo lixão
Hoje, Parque Ambiental do Sambaiatuba. Há quase 12 anos, um lixão.
O Parque Ambiental do Sambaiatuba ainda abriga toneladas de lixo, que estão sendo retiradas gradativamente e transferidas para o aterro sanitário Sitio das Neves, na Área Continental de São Vicente.
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Desativado desde 2002, o antigo lixão virou área de transbordo, onde o lixo coletado na cidade é depositado, deveria ficar à disposição para ser reciclado por até três horas, e depois os resíduos seriam carregados em carretas para o aterro sanitário.
No entanto, desde que foi desativado, o local ainda acumula lixo. O Ministério Público Estadual exige que a Prefeitura de São Vicente esvazie a área até a metade deste ano.
Caso o prazo não seja cumprido, a área pode ser interditada e o prefeito Luis Claudio Bili responsabilizado.
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Na última semana, o DL registrou alguns caminhões retirando lixo do parque ambiental. Moradores do bairro afirmam que a remoção dos resíduos tem sido realizada diariamente. De acordo com a Prefeitura de São Vicente, atualmente, 15 caminhões efetuam o trabalho, sendo que as carretas carregam entre 19 e 35 toneladas.
Cada carreta realiza, em média, duas viagens por dia.
Sobre o lixo descartado de forma irregular pelos moradores do bairro em ruas e calçadas, a Prefeitura afirma que a coleta dos resíduos está sendo realizada normalmente às segundas, quartas e sextas-feiras, a partir das 7h30. Além disso, a Codesavi pede a colaboração dos moradores para respeitarem os dias e horários estabelecidos.
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