Continua depois da publicidade
Em 2015, o Brasil deve regredir oito anos em relação às vagas temporárias. Até o final do ano, devem ser contratados 105 mil temporários em todo o Brasil, uma retração de 35% na comparação com 2014, de acordo com a pesquisa da Federação Nacional dos Sindicatos das Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado (Fenaserhtt) e do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo (Sindeprestem), desenvolvida pelo Centro Nacional de Modernização Empresarial (Cenam).
Enquanto o número de ofertas cai, o número de jovens em busca do primeiro emprego sobe. A expectativa é de que, das 105 mil vagas ofertadas, 32 mil contratados devem assinar a carteira de trabalho pela primeira vez, ou seja, 30,5% das oportunidades. Este número só foi tão alto no País em 2010, quando 140 mil vagas temporárias foram ofertadas.
Continua depois da publicidade
Para Vander Morales, presidente da Fenaserhtt e do Sindeprestem, as contratações serão pautadas por necessidades pontuais, ou seja, primeiro as empresas avaliam a real necessidade de expandir temporariamente a quantidade de funcionários para depois contratar. “O trabalho temporário é fundamental para a economia, sobretudo em tempos de crise econômica, porque encurta e facilita o encontro entre candidatos e vagas. O contingente de desempregados no Brasil não para de crescer. Ao mesmo tempo, oportunidades são negadas aos jovens que, sem experiência, enfrentam dificuldades para participar do mercado de trabalho.”
A maior parte dos contratos firmados nesta época do ano possivelmente deve durar entre 61 e 90 dias, segundo 48% das empresas pesquisadas. De todos os temporários selecionados, 70% serão treinados pelas contratantes.
No geral, os temporários, neste período, têm entre 22 e 35 anos (72%) por se tratar de uma época do ano com intensa movimentação, que exige mais esforço e dedicação. Em relação ao nível de escolaridade dos temporários, espera-se que 61% do contratados tenham ensino médio completo; 18% com ensino técnico; 16% com nível universitário e 5% apenas com primeiro grau.
Efetivação
Continua depois da publicidade
O cenário econômico instável, com retração de 0,76% — terceiro mês consecutivo de queda, segundo o Banco Central —, desvalorização do Real e aumento da taxa de juros e da inflação, tem resultado no aumento do desemprego. As empresas estão receosas com os rumos da economia e, por isso, evitam contratar até que haja certa estabilidade. Mas, apesar da crise, ainda existem aquelas que precisam recompor o quadro de funcionários. Por isso, a expectativa é de que quase seis mil temporários sejam efetivados pelas contratantes após o término do contrato.
Maria Olinda Maran Longuini, diretora de comunicação do Sindeprestem, recomenda que o trabalho temporário seja visto como uma oportunidade para mostrar ao empregador habilidades profissionais e qualidades pessoais. “É a chance do temporário se destacar no ambiente de trabalho, demonstrando potencial para vir a se tornar um funcionário efetivo”, explica a diretora.
Comércio e indústria
Continua depois da publicidade
A indústria e o comércio são os principais contratantes do trabalho temporário no final do ano. Diferente do que ocorreu nos anos anteriores, em 2015 a indústria responderá por 67% (cerca de 70 mil) das contratações e o comércio 33% (próximo de 34 mil). Somente o comércio do Estado de São Paulo será responsável por admitir mais de 17 mil trabalhadores temporários até o final do ano.
“O setor industrial, acometido pelos efeitos da crise econômica, reduziu ao máximo o quadro de funcionários efetivos para conseguir se manter em atividade. Agora, para atender as demandas de final de ano, precisa recompor a força de trabalho e para isso contrata temporários”, comenta Vander Morales.
Consumidores querem pagar compras à vista
Continua depois da publicidade
O levantamento do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista também ouviu os consumidores da Região para saber a expectativa de consumo para o Natal. Para fugir do endividamento, a maioria dos entrevistados (53%) pretende pagar as compras à vista. Destes, 27% irão optar pelo dinheiro e outros 26% pelo cartão de débito.
Compras com cartão de crédito serão 35% do total, enquanto cartão de loja parcelado será a escolha de 2% dos consumidores. Outra parcela dos entrevistados irá optar por mesclar as opções de pagamento, utilizando dinheiro e cartão de crédito na mesma compra (10%).
O ticket médio das aquisições de Natal será entre R$ 201,00 e R$ 300,00, de acordo com 34% dos entrevistados. Presentes com valores entre R$ 101,00 e R$ 200,00 serão a escolha de 30% dos consumidores, enquanto 20% devem gastar até R$ 100,00. Outros 11% devem escolher itens na faixa entre R$ 301,00 e R$ 400,00 e, para 5%, a estimativa é gastar de R$ 401,00 a R$ 500,00.
Continua depois da publicidade
Itens de vestuário deverão ser os mais comprados (58%), seguidos de bolsas e acessórios (38%), calçados (33%), brinquedos (29%), perfumes (14%), joias e bijuterias (10%), livros (5%), cosméticos (3%) e eletrodomésticos/eletroeletrônicos (2%). No questionário, os entrevistados podiam escolher entre um ou mais itens.
As promoções e liquidações despertam a atenção de 75% dos consumidores, enquanto 48% dos entrevistados escolhem o item de acordo com o que o presenteado deseja ganhar.
Continua depois da publicidade
Para as compras de adereços natalinos, a maioria dos consumidores (55%) pretende gastar, no máximo, R$ 30,00. Itens entre R$ 31,00 e R$ 60,00 e entre R$ 61,00 e R$ 90,00 somaram, cada um, 22% das respostas.
O levantamento foi realizado entre os dias 5 e 20 de outubro de 2015, com 700 entrevistados, nas nove cidades da Baixada Santista. A pesquisa tem caráter quantitativo, pelo método de levantamento com amostra aleatória simples e estratificada.
Comércio da Região deve contratar, porém menos
Continua depois da publicidade
Mesmo com a crise, um em cada três comércios da Região deve contratar trabalhadores temporários para o fim de ano, de acordo com pesquisa realizada pelo Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista. Aplicado nas nove cidades, o levantamento mostra que 34% dos empresários entrevistados pretendem contratar ao menos um funcionário extra para a temporada 2015/2016. Para 66% dos lojistas, no entanto, o quadro atual de colaboradores deve suprir a demanda durante o período.
Entre os lojistas que aumentarão a equipe, 27% disseram que devem contratar um funcionário extra. Para outros 25%, o reforço será de dois colaboradores. Já para 23% dos comerciantes, a expectativa é admitir cinco ou mais temporários, enquanto 13% pretendem ter mais quatro pessoas na equipe. Por fim, 12% têm intenção de gerar mais três postos de trabalho.
“Mesmo em um ano difícil como este, muitos lojistas vão contratar trabalhadores temporários. A mudança está no número de colaboradores. Se antes a empresa chamava quatro pessoas, por exemplo, hoje irá admitir somente duas”, explica o presidente do Sindicato, Alberto Weberman.
Continua depois da publicidade
É o mesmo que acredita o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Santos Paulo Latrova. “Estamos batalhando para manter nossos funcionários. Claro que teremos que contratar pessoas para o final de ano, mas será um número reduzido em relação a outros anos”, explica.
Para 65% dos lojistas, as vendas durante a temporada 2015/2016 serão melhores que no mesmo período passado. Já para 29%, o desempenho deverá se manter, enquanto 6% dos comerciantes acreditam na diminuição do faturamento.
Entre os comerciantes que esperam aumento nas vendas, 29% deles estimam crescimento na faixa entre 5% e 10%. Outros 25% dos entrevistados creem em aumento entre 11% e 15%, enquanto 18% dos entrevistados esperam alta de até 5%. A faixa de acréscimo acima de 20% foi citada por 17% dos empresários, enquanto 11% dos lojistas são mais otimistas e esperam dobrar o faturamento.
A estratégia de vendas mais citada pelos lojistas foi realização de promoções e liquidações (73%), seguida de preparação especial da vitrine (53%), oferta de novos produtos (41%) e investimento em propaganda (35%). Também se destacaram treinamento de funcionários (18%) e divulgação em site e redes sociais (15%). No questionário, os comerciantes podiam escolher entre uma ou mais ações de vendas.
Para 63% dos entrevistados, o horário de verão (que começou no último dia 18 de outubro) ajuda nas vendas durante a temporada.
Shoppings
Entre os shoppings mais visitados da Região, o Litoral Plaza, de Praia Grande, é que irá ofertar o maior número de vagas temporárias. A expectativa é que 800 postos de trabalho sejam abertos nesta época para atender a demanda das 220 lojas e quiosques do empreendimento. Para se candidatar, os interessados devem se cadastrar no site da empresa www.litoralplaza.com.br.
O shopping Brisamar, em São Vicente, não fará contratação extra para este período na parte administrativa. “No entanto, os lojistas deverão fazer novas contratações como habitualmente ocorre neste período. A expectativa é de 10%”, explica a assessoria, que não tem um número preciso, já que a contratação é diretamente pelos lojistas. Caso os candidatos estiverem interessados, os currículos deverão ser entregues na administração do shopping de segunda-feira a sexta-feira, das 10 às 16 horas, ou no site do www.brisamarshopping.com.br .
No Miramar Shopping, a estimativa de vagas temporárias para este ano é de, aproximadamente, 250 que, no geral, são para as funções de caixas, balconistas e vendedores. O número de oportunidades é o mesmo em relação ao ano passado. Os interessados podem entregar os seus currículos diretamente nas lojas ou cadastrá-los no site do empreendimento através do menu “Contato”.
Continua depois da publicidade