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A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Agência Europeia de Cooperação Operacional nas Fronteiras, conhecida como Frontex, pediram reforço aos países membros da União Europeia (UE) para ajudar os milhares de imigrantes que fogem da violência em países como Síria, Iraque e Afeganistão rumo a países como Grécia.
De acordo com a Frontex, foram detectados 107,5 mil imigrantes nas fronteiras do bloco em julho - o terceiro recorde mensal consecutivo. Esta é a primeira vez que o número passa dos 100 mil. Cerca de 340 mil imigrantes foram vistos nas fronteiras no primeiro semestre deste ano. Em todo o ano passado, foram detectados 280 mil.
Para Fabrice Leggeri, chefe da Frontex, a UE vive uma "situação de emergência que requer a colaboração de todos os membros". Em Bruxelas, Leggeri pediu que os países do bloco ajudem a Hungria e a Grécia - dois dos países mais afetados.
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O porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), Willian Spindler, disse em Genebra que a "rica União Europeia" precisa "acordar" para as terríveis condições dos refugiados do bloco. Segundo Spindler, 160 mil imigrantes desembarcaram na Grécia desde janeiro. Em todo o ano de 2014, foram 43,5 mil - a maioria vinda da Síria.
Spindler considerou que a Grécia enfrenta uma crise econômica, mas pediu ao governo do país que colabore para que agências como a ACNUR tenham um papel mais ativo em lugares sobrecarregados, como a ilha de Kos. "Esse fluxo é muito difícil para a comunidade de uma pequena ilha lidar, mas não deve ser muito difícil para toda a UE, incluindo alguns dos países mais ricos e desenvolvidos do mundo", disse.
Cerca de 2,3 mil imigrantes morreram ao cruzar o Mar Mediterrâneo só neste ano, segundo a Organização Internacional para Migrações.
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