Moradores estão preocupados com os potenciais impactos ambientais, econômicos e sociais da obra / Reprodução/Redes Sociais
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A duplicação da rodovia Rio-Santos, entre Caraguatatuba e Ubatuba, tem gerado preocupação entre moradores, comerciantes e frequentadores do Litoral Norte de São Paulo.
O projeto, conduzido pela Concessionária Tamoios e anunciado pelo Governo do Estado, enfrenta resistência devido aos potenciais impactos ambientais, econômicos e sociais que pode causar às praias da região. A principal demanda da população é por um novo traçado que minimize esses danos. As informações são do jornalista Salim Burihan.
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O plano de duplicação da Rio-Santos abrange cerca de 45 km, com investimento inicial de R$ 12,5 milhões apenas para estudos. O traçado proposto impacta diretamente a orla do bairro Massaguaçu, em Caraguatatuba, e as praias da Maranduba e Praia Grande, em Ubatuba.
Segundo os moradores, a proximidade da nova pista com a orla pode intensificar a erosão, dificultar o acesso às praias e comprometer o turismo, setor essencial para a economia local.
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Um vídeo institucional divulgado pela Concessionária Tamoios detalha o projeto em três fases, apresentando características como ciclofaixas e travessias em áreas sensíveis. No trecho de Massaguaçu, por exemplo, o plano prevê uma pista dupla com canteiro central e estruturas de quiosques, o que gerou preocupações adicionais sobre o impacto ambiental e urbanístico.
Diante da falta de diálogo sobre alternativas ao traçado atual, moradores e comerciantes organizaram uma manifestação para o dia 23 de abril, no trevo do bairro Jetuba. O ato, intitulado "Duplicação Somente Dialogando Com a População", terá início às 16h30, com concentração no Centro Comunitário do Alto do Jetuba, seguida por uma caminhada até o local das obras. O objetivo é sensibilizar as autoridades sobre a necessidade de revisão do projeto.
“Queremos ser ouvidos. Não somos contra a duplicação da Rio-Santos, mas sim contra o traçado que impacta diretamente nossas praias e nossa forma de viver. Por que não seguir o modelo adotado em São Sebastião, onde a obra foi realizada afastada da orla?”, questionam os organizadores por meio das redes sociais.
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A principal proposta dos moradores é um traçado alternativo semelhante ao Contorno Sul da Rodovia dos Tamoios, que foi construído afastado das áreas turísticas e ambientais, reduzindo impactos negativos. Eles argumentam que essa abordagem garantiria a modernização da rodovia sem comprometer o ecossistema costeiro nem a economia baseada no turismo.