Cotidiano
Recep Tayyip Erdogan tentou negar os boatos de que o ministro das Relações Exteriores teria um papel mais secundário e que o presidente manteria seu controle sobre o governo
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O presidente eleito da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, rejeitou nesta quarta-feira as alegações de que o ministro das Relações Exteriores Ahmet Davutoglu, que vai substituí-lo como primeiro-ministro, não fará mais do que obedecer suas ordens enquanto ele continua a governar o país. Em depoimento a delegados de sua coligação, o Partido Desenvolvimento e Justiça (AKP, na sigla em turco), Erdogan tentou negar os boatos de que Davutoglu teria um papel mais secundário e que o presidente manteria seu controle sobre o governo.
Apesar de o presidente na Turquia ter funções majoritariamente formais, Erdogan já indicou que queria tornar o cargo um poder Executivo. Ele tem dito que vai ativar poderes presidenciais raramente usados na história do país, como a capacidade de convocar e presidir reuniões do Congresso.
"O AKP não é um partido de um homem só, nunca foi e nunca será", disse o futuro presidente no encontro de membros do partido que confirmou a nomeação de Davutoglu como novo líder da sigla e primeiro-ministro designado. Ao mesmo tempo, Erdogan sugeriu que o ministro não se afastaria dos objetivos que ele próprio impôs à Turquia, dizendo que "as únicas coisas a mudarem hoje serão os nomes".
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Davutoglu disse que o "legado de Erdogan é nossa honra e será protegido até o fim". "O presidente eleito e o primeiro-ministro eleito vão construir um novo caminho para a Turquia de mãos dadas, ombro com ombro". Ele se comprometeu a dar continuidade aos esforços para acabar com uma insurgência turca que já dura 30 anos e falou sobre a necessidade de uma constituição mais democrática para o país.
Erdogan será empossado na quinta-feira. O ex-ministro das Relações Exteriores, por sua vez, deve formar um novo governo imediatamente e o novo Congresso será estabelecido na sexta-feira, garantiu o presidente eleito.
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