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Uma investigação feita na França sobre a morte do histórico líder palestino Yasser Arafat contradiz laudo de cientistas suíços segundo o qual o guerrilheiro convertido em político teria sido envenenado.
A afirmação foi feita hoje, em Paris, pela viúva do líder palestino, Suha Arafat. Segundo ela, a investigação francesa descarta a possibilidade de seu marido ter sido envenenado com Polonio.
No mês passado, peritos suíços afirmaram com elevado grau de convicção que Arafat ingeriu uma dose letal de polônio-210 semanas antes de sua morte, nove anos atrás, e que as quantidades encontradas em seus restos mortais numa recente exumação descartam a possibilidade de a ingestão ter ocorrido de maneira acidental. O período decorrido entre o padecimento e a morte de Arafat também são consistentes com a hipótese de envenenamento pela substância altamente radioativa.
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Em entrevista coletiva, Suha Arafat declarou-se "triste com as contradições entre os melhores especialistas da Europa no assunto".
O laudo francês, segundo ela, faz parte de uma investigação em andamento no país sobre a morte de Arafat. Ele morreu em 11 de novembro de 2004, aos 75 anos, em um hospital militar parisiense.
Apesar dos comentários públicos de Suha, a expectativa é de que o relatório não tenha seu teor completo divulgado.
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