Dar carona aos amigos pode render desconto no pedágio com nova regra aprovada / Pexels/Tino
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Automóveis que transportem mais de três pessoas, incluindo o motorista, poderão ganhar descontos nas tarifas de pedágio rodoviário. É o que propõe o projeto de lei 4630/2023, aprovado pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados.
De autoria do deputado David Soares (União-SP), a medida visa incentivar o compartilhamento de veículos como forma de reduzir o número de carros nas estradas, promovendo impactos positivos no trânsito e no meio ambiente.
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De acordo com o texto, os editais de licitação de concessões rodoviárias deverão incluir, sempre que tecnicamente viável, cláusulas que prevejam descontos para veículos de alta ocupação.
A ideia não é inédita. A proposta foi inspirada em modelos internacionais, como as “hot lanes” nos Estados Unidos, que são faixas de rodagem destinadas a automóveis com maior número de passageiros, incentivando a prática de caronas e o uso mais eficiente das vias.
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“Com mais pessoas por veículo, precisaremos de menos carros circulando, reduzindo congestionamentos, emissões de poluentes e o custo de manutenção de estradas”, justificou o deputado.
O projeto de lei do deputado David Soares ainda será analisado em outras comissões: a de Constituição e Justiça e a de Cidadania, em caráter conclusivo. Com a aprovação no Congresso, o projeto seguirá para a apreciação do Senado.
Após aprovação do Senado, o projeto segue para sanção presidencial. A proposta reforça a importância de políticas públicas que estimulem práticas sustentáveis no transporte rodoviário.
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Os descontos em pedágio para carros de alta ocupação deve reduzir congestionamentos por conta da menor circulação de veículos, proporcionando um tráfego mais fluido nas rodovias. Além disso, a iniciativa deve gerar uma economia de custo., reduzir os impactos ambientais e uma maior eficiência no uso das vias.
Mesmo com tantos benefícios, a medida deve enfrentar desafias para ser implementada. Principalmente, na questão de viabilidade técnica e operacional, considerando que nem todas as rodovias possuem capacidade para integrar faixas exclusivas ou monitorar o número de ocupantes dos veículos.
Outro ponto crítico será garantir que os sistemas de concessão sejam ajustados para evitar prejuízos financeiros às operadoras de pedágio.
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