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A volta do ex-presidente Nelson Mandela ao hospital está causando grande comoção na África do Sul. Mandela, de 94 anos, é considerado um herói nacional por sua luta contra o apartheid, regime de segregação racial imposto pela minoria branca do país até 1994.
Ontem (8), ele foi internado em um hospital em Pretória, capital da África do Sul, em função de uma infecção pulmonar. Seu estado de saúde foi descrito como "grave, mas estável". Esta foi a terceira vez neste ano que Mandela teve de ser hospitalizado.
Na manhã e no início da tarde de hoje (9), igrejas em todo o país conduziram preces por sua recuperação. O arcebispo Desmond Tutu, amigo do ex-presidente, fez um chamado para que os sul-africanos também rezassem em suas casas pela rápida recuperação do líder.
Centenas de pessoas compareceram à igreja de Regina Mundi, no Soweto, bairro de Johanesburgo conhecido por seu papel na campanha contra o antiapartheid. Nesse bairro, foram velados os corpos de muitos ativistas mortos, em cerimônias que, não raro, terminaram em protestos.
"Acho que é natural que todo mundo queira que ele fique conosco o máximo possível", disse o padre Sebastian Rossouw, para quem Mandela é um símbolo de "paz e reconciliação".
Alguns membros da família Mandela foram vistos chegando para fazer visitas no hospital em que ele está internado – entre eles a filha mais velha, Makaziwe Mandela, e a neta, Ndileka Mandela. A esposa do líder, Graça Machel, cancelou uma série de compromissos em Londres para acompanhá-lo no hospital.
O presidente do país, Jacob Zuma, disse que pretende visitar Mandela se os médicos permitirem.
De acordo com o porta-voz da Presidência sul-africana, Mac Maharaj, ontem o ex-presidente estava respirando por conta própria – o que seria "um sinal positivo" sobre seu estado de saúde.
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