Cotidiano

Nova embaixadora dos EUA chega ao Brasil na próxima semana

A diplomata assume o posto no momento de tensão entre o Brasil e os Estados Unidos em decorrência das denúncias de espionagem

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 11/09/2013 às 11:52

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A nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, desembarcará na capital federal no começo da próxima semana. A diplomata assume o posto no momento de tensão entre o Brasil e os Estados Unidos em decorrência das denúncias de espionagem, por agências norte-americanas, à presidenta da República, às autoridades, aos cidadãos e, mais recentemente, à Petrobras.

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Os assessores examinam a possibilidade da embaixadora Liliana Ayalde fazer uma declaração à imprensa – sem perguntas dos jornalistas – no dia em que ela desembarcar em Brasília. A previsão é que ela chegue até o dia 18. A embaixada mantém sob sigilo a data exata.

Liliana Ayalde substitui o embaixador Thomas Shannon, que ficou no posto três anos e meio e deixou Brasília na sexta-feira (6). A substituição estava prevista há três meses. Diplomata de carreira, Liliana Ayalde serviu no Paraguai e na Colômbia e demonstra conhecimento sobre América Latina a exemplo de seu antecessor.

Shannon será assessor especial do secretário de Estado (o equivalente a chanceler), John Kerry. Embaixador no Brasil desde fevereiro de 2009, nos últimos dias Shannon foi convocado duas vezes ao Ministério das Relações Exteriores – Itamaraty - para explicar as denúncias de espionagem, por agências norte-americanas, às comunicações internas do Brasil.

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A nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, desembar no Brasil na próxima semana (Foto: Divulgação)

O ex-embaixador conversou, por cerca de uma hora, com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, antes de deixar o posto em meio às cobranças do governo brasileiro aos Estados Unidos por explicações sobre espionagem.

“O Brasil é um país democrático, um Estado sólido, em uma região democrática e sólida, que busca a convivência com seus parceiros de forma amistosa. Não se pode admitir nem em sonho que é um país de risco ou problemático”, disse Figueiredo Machado, na ocasião.

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O governo brasileiro classificou o episódio como inadmissível e inaceitável, expressões usadas tanto por Figueiredo como pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pela suposta espionagem à presidenta. A presidenta Dilma Rousseff conversou com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que prometeu explicações.

Figueiredo Machado conversará hoje (11), no final da tarde, com a conselheira de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice, em Washington (Estados Unidos). O chanceler foi pessoalmente cobrar as explicações, prometidas por Obama à Dilma.

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