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A nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, desembarcará em Brasília segunda-feira (16). A diplomata chega ao Brasil em um momento de tensão com os Estados Unidos em decorrência das denúncias de espionagem, por agências norte-americanas, à presidenta da República, às autoridades, aos cidadãos e, mais recentemente, à Petrobras.
A Embaixada norte-americana examina a possibilidade de Liliana Ayalde fazer uma declaração à imprensa – sem perguntas dos jornalistas – após o desembarque. Porém, a iniciativa ainda está em discussão.
Ayalde substitui o embaixador Thomas Shannon, que ficou no posto três anos e meio e deixou Brasília no último 6. A substituição estava prevista há três meses. Diplomata de carreira, ela serviu no Paraguai e na Colômbia e demonstra conhecimento sobre a América Latina, a exemplo de seu antecessor.
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Shannon será assessor especial do secretário de Estado (o equivalente a chanceler) John Kerry. Embaixador no Brasil desde fevereiro de 2009, nos últimos dias Shannon foi convocado duas vezes ao Ministério das Relações Exteriores para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de espionagem às comunicações internas do país.
O ex-embaixador conversou, por cerca de uma hora, com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, antes de deixar o posto. O governo brasileiro classificou o episódio como inadmissível e inaceitável, expressões usadas tanto por Figueiredo quanto pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A presidenta Dilma Rousseff conversou com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que prometeu explicações.
Figueiredo Machado se reuniu no dia 11 com a conselheira de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice, em Washington. Segundo o chanceler, que foi pessoalmente cobrar as explicações, as conversas com o governo norte-americano terão continuidade.
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