Cotidiano

No interior do ES moradores resistem para deixar casas

Metade da cidade está sem energia elétrica e 120 pessoas estão dormindo em quartos de duas escolas e de uma igreja da cidade, conhecida no Estado por seus queijos e chalés de montanha

Publicado em 26/12/2013 às 12:56

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Com 26 mil habitantes e 2.500 deles sem ter onde morar, Santa Teresa, na região serrana do Espírito Santo, está com um terço da área urbana embaixo d’água. Metade da cidade está sem energia elétrica e 120 pessoas estão dormindo em quartos de duas escolas e de uma igreja da cidade, conhecida no Estado por seus queijos e chalés de montanha.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

"Hoje (anteontem) foi o pior dia de nossa história. Foi pior do que uma tromba d’água que nos atingiu em 2000. Só quando a água baixar é que poderemos chegar nas casas para ver se tem vítimas", disse o secretário de Planejamento, Luciano Forrechi.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• MP facilita repasse de recurso em casos de desastres

• Bairro residencial da cidade de SP poderá ter abrigos

• Haddad quer liberar creches até em bairros tombados

O resgate aos moradores de casas submersas está sendo feito por um batalhão da Força Aérea que tem base no município. São 25 homens. "Algumas pessoas não querem sair das casas porque elas têm medo. Estamos indo de barco para ver se conseguimos. Retiramos umas 20 hoje (anteontem)", disse o 1.º tenente Gregório Rocha Venturim. "Mas nossa maior preocupação são as encostas. Muitas casas estão sob risco de deslizamento. E as pessoas se recusam a sair", diz.

No centro da cidade, que também está alagado, moradores relatam brigas entre quem está nas casas e quem tenta passar de carro. As ondas provocadas pelos veículos fazem a água vencer muretas e janelas, invadindo ainda mais as casas isoladas. "O rio está passado em cima da ponte. Aqui, ainda deu para erguer umas coisas, colocar no andar de cima. É algo impressionante, não lembro de nada parecido", disse o marceneiro aposentado Moacir Peroni, de 65 anos. 

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software